Bruna Viola: A ‘Flor Mato-Grossense’ do Sertanejo

Bruna Villas Bôas Kamphorst cresceu rodeada por músicos e, por ter a viola como instrumento preferido, adotou o nome do instrumento como sobrenome artístico. Aos 11 anos já se apresentava em feiras agropecuárias pelo estado. Aos 19, trocou Mato Grosso pelo interior de São Paulo, de onde se desloca mais facilmente para o Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, que concentram muitos de seus shows. Apelidada pelos fãs como “Flor Mato-grossense” mantém como temática central de sua obra a vida na fazenda. Em 2015, pela Universal Music, lançou seu álbum de estreia: “Sem Fronteiras”, que conta com a canção “Se Você Voltar”, com participação especial de César Menotti & Fabiano. No ano seguinte, a música entrou para a trilha sonora da novela Velho Chico, da Rede Globo. Em 2016, Bruna grava o seu primeiro DVD no Villa Country, em São Paulo. Com Paul Ralphes na direção musical, Marcelo Amiky (ex-diretor artístico da TV Cultura) na direção de vídeo, Fábio Delduque na cenografia e o expert em iluminação Danny Nolan na direção de fotografia, o trabalho reforça a parceria com a dupla César Menotti & Fabiano no sucesso “Se você voltar”.
Avenida XV de Novembro, antiga Conde D’Eu

A Avenida 15 de Novembro, anteriormente conhecida como Conde D’Eu, teve sua denominação alterada em 1889, em reverência à Proclamação da República, refletindo um momento histórico de grande significado para o Brasil. Ao longo de sua trajetória, a avenida foi testemunha do crescimento e das transformações de Cuiabá, abrigando, durante muitos anos, tradicionais famílias cuiabanas que imprimiram sua marca na história da cidade. Em 1968, a avenida passou por uma modernização significativa, ganhando arborização e asfalto até a Ponte Júlio Müller, o que impulsionou seu desenvolvimento e valorização. A partir desse momento, a via foi se consolidando como um dos principais eixos de circulação urbana, ligando diferentes regiões da cidade e tornando-se um ponto de referência no cotidiano cuiabano. Atualmente, a Avenida 15 de Novembro é um dos mais importantes corredores comerciais de Cuiabá, pulsando com a atividade econômica da cidade. Suas calçadas movimentadas e seus estabelecimentos comerciais são parte fundamental da vida urbana, tornando-a não apenas uma via de acesso, mas também um centro dinâmico e essencial para o comércio, a cultura e a identidade local.
Palácio da Justiça

O Palácio da Justiça foi construído no governo do interventor Júlio Muller para dotar a capital do Estado de infra-estrutura necessária para o funcionamento do Tribunal de Justiça, Tribunal do Júri e Cartório. Teve sua inauguração no ano de 1942, seguindo o estilo das obras estado novista, com linhas simples e despojadas e janelas simétricas de linhas retas e limpas. Com a implantação deste Palácio, instalou-se toda a atribuição do poder judiciário em Mato Grosso. O prédio de esquina à direita entre a avenida Getúlio Vargas com a rua Comandante Costa, ainda hoje abriga órgão do poder Judiciário Photographia é um projeto cultural de pesquisa da central de documentação de dados do Almanaque Cuyabá. A iniciativa visa resgatar imagens históricas da cidade homônima. As ilustrações selecionadas nesta Categoria são, em sua grande maioria, de domínio público; outras, creditadas à fotógrafos, editores, colecionadores, instituições e a plataformas digitais congêneres.
Lúcia Palma: Pioneira no teatro cuiabano e na educação artística

Aos 12 anos de idade a cuiabana Lúcia Palma ingressa na Companhia de Artes S. Luiz. O grupo se apresentava no pátio da Igreja São Gonçalo. Concluiu o Normal, na Escola Pedro Celestino, onde ajudou a fundar o grêmio estudantil e, na sequência, ingressa do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Vive parte dos anos 1970 em Belo Horizonte (MG). Na capital mineira participa de uma série de cursos de teatro. Lá, atua e codirige a peça Poesia em Cena. Foi selecionada para o Festiminas (1978), com montagem de peça com Hans-Joachim Koellreuttter, Edino Krieger, Fernando Lébeis, Fanny Abramovich. Ao retornar a Cuiabá, sob a direção de Glória Albuês, atua na montagem da peça Ogiramundá e Rio Abaixo, Rio Acima. Em Ergue o Mocho e Vamos Palestrar, foi selecionada para o importante festival nacional Mambembão (1980). Na Capital Lúcia Palma também fez filmes da diretora Marithê Azevedo e foi professora de teatro durante dez anos na Escola de Arte da UFMT, onde também trabalhou com teatro de bonecos. Além disso, trabalhou na ópera O Lago do Cisne, com o Ballet Carolline.
Glória Albuês: Legado no audiovisual e nas artes

Maria da Glória Albuês Martins, carinhosamente chamada pelos amigos de Glorinha Albuês, é cuiabana e atua setor audiovisual e das artes cênicas desde os anos 1970. Durante sua carreira trabalhou com os gêneros ficção, experimental, institucional e marketing político. Considerada a primeira mulher documentarista de Mato Grosso, chegou a fazer incursões culturais pela Europa e América do Sul. Em grande parte de suas obras, assina também roteiro, montagem e direção. Formada em pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) é também jornalista. Além disso, entre 1985 e 1989, foi diretora do Teatro da UFMT e, entre 1989 e 1996, diretora da TV Universidade da instituição, onde foi responsável pela implantação da programação local da emissora. Glória também exerceu funções públicas, ocupando o cargo de secretária municipal de Cultura de Cuiabá entre 1996 e 2000. Um dos pontos altos de sua carreira foi o desenvolvimento da série “Programa de índio”, junto a Vincent Carelli. Os quatro programas foram exibidos pela TVU-UFMT e pela TV Educativa do Rio de Janeiro. A série foi produzida e apresentada por uma equipe composta por pessoas indígenas. Atualmente, além de projetos audiovisuais em torno da obra da irmã, a escritora Tereza Albuês (1936-2005), Glória participa de ações que visam o intercâmbio cultural entre mato-grossenses e haitianos radicados em Cuiabá.
Gilson Nasser: formação e valorização das artes em MT

Gilson Nasser é um nome de destaque nas artes culturais de Mato Grosso, com uma carreira que abrange diversos campos, como ensino, música, produção cultural, direção teatral e gestão pública. Professor aposentado do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Nasser é reconhecido por sua trajetória na educação, onde influenciou gerações de estudantes e artistas. Além de sua sólida formação acadêmica, ele também se destacou como cantor e produtor cultural, sendo uma das figuras mais proeminentes da cena artística local. Na década de 1980, Gilson foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Ânima, uma das mais importantes companhias de teatro de Cuiabá, responsável por revelar e formar inúmeros artistas das artes cênicas do estado. Sua contribuição para o cenário cultural não se limita ao teatro, tendo também sido um dos idealizadores e vocalistas do grupo musical Alma de Gato, que marcou sua presença no universo musical mato-grossense. Sua trajetória alcançou a esfera da gestão pública quando, em 2018, foi nomeado secretário estadual de Cultura pelo então governador de Mato Grosso, Pedro Taques. Nesse cargo, Nasser implementou importantes ações e políticas culturais que fortaleceram a identidade artística do estado, promovendo o intercâmbio cultural e a valorização das manifestações culturais locais. A sua atuação como gestor também foi marcada pela busca de recursos para o desenvolvimento das artes e pela criação de espaços de visibilidade para os artistas regionais. Com um legado que atravessa diferentes áreas da cultura, Gilson Nasser continua a ser uma figura essencial para a arte e a cultura de Mato Grosso, reconhecido por seu compromisso com a educação, a criação artística e o fortalecimento das práticas culturais em sua terra natal.
José Flávio Ferreira: peças sacras, Paixão de Cristo e Natal

Nascido em Cuiabá, em 1960, José Flávio Ferreira deu expressiva contribuição ao teatro mato-grossense. Atuou como diretor em A Caravana (1975); como ator em O mistério do pavão (1976) e como dramaturgo em Saudades, Silva Freire (1994). Fundou, no início da década de 1990 a Companhia Cena Onze de Teatro, na Capital. Desde então, vem lançando uma série de sucessos. Tem atuação como diretor artístico do Cine Teatro Cuiabá e da MT Escola de Teatro e assina também a direção de peças sacras, como a Paixão de Cristo e Auto de Natal (2014), quando trabalhou com atores mato-grossenses e de renome nacional. Escreveu ainda livros infantis e poesias, consagrando-se como imortal da Academia Mato-grossense de Letras (AML) em 2016, ocupando a cadeira de número 35, de Clóvis de Mello. Além disso, é advogado com atuação no cargo de secretário geral da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT). Na área do Direito, é conhecido por diferentes gerações de profissionais, especialmente por ter lecionado por mais de 30 anos a disciplina de Prática Forense. Ele está ainda à frente de inúmeros projetos sociais desenvolvidos com diversas entidades.
Eduardo Butakka: Reflexão crítica através da comédia

Ator, diretor e roteirista, o cuiabano Eduardo Butakka envolveu-se com o teatro ainda na adolescência, em 2003. Já em seu primeiro festival ganhou dois prêmios: no júri popular e outro pela criatividade. Formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal de Mato Groso (UFMT), o comediante, um dos mais conhecidos dos Estado, consagrou-se com personagens como a sexóloga Penélope e a professora Geisa. Integrante da companhia “Pessoal do Ânima”, Eduardo rodou o país com a peça “Segredos de Liquidificador”. Dentre seus papéis mais conhecidos vale destacar ainda Janaiara, Bebela e ao Espantalho na peça “O Mágico de OZ”. Seu trabalho o levou a participar dos realities “Prêmio Multishow de Humor”, pelo canal fechado Multishow, e do “Jogo de Panelas”, na Rede Globo. Além disso, foi premiado com o Golden Fox Award por sua atuação no curta “Quem é Vanessa? ”, vencedor na categoria de melhor filme para web e novas mídias no Calcutta International Cult Film Festival, na Índia, em 2019. Atualmente, em suas redes sociais, o ator divulga uma série de vídeos em que coloca suas personagens em situações bastante inusitadas, com humor sarcástico e por muitas vezes de acidez política.