Maurício Mattar convida primeira-dama do Estado para ser madrinha do projeto Canta Mato Grosso

A primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, foi convidada para ser madrinha do programa Canta Mato Grosso, da TV Cidade Verde. O convite foi feito pelo ator e cantor Maurício Mattar, que é o apresentador do programa e visitou a primeira-dama na quarta-feira (06.03). O programa tem o objetivo de descobrir talentos locais e a final ocorre no sábado (09.03), às 20h, em Chapada dos Guimarães. “Primeira-dama, seria uma honra para nós tê-la como madrinha deste evento, que será realizado a cada semestre aqui no Estado, com artistas de diferentes Estados Brasileiros. Não existe no Brasil um evento deste porte incentivando a descoberta de talentos musicais”, disse Maurício Mattar. Virginia Mendes afirmou que a final será uma “noite memorável, repleta de talentos e emoção” e também que será uma honra ser a madrinha do projeto. “Claro que aceito. Obrigada por estar em nosso Estado, sou sua fã, e para mim é uma honra receber esse convite”, agradeceu. A iniciativa é da TV Cidade Verde, que é presidida por Michele Carvalho. O projeto é 100% regional, foi idealizado pelo apresentador Igor Taques e conta com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer, por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Max Russi. Igor Taques destacou que esse é um projeto pioneiro no quesito descoberta de talentos musicais, onde a premiação pode chegar a até R$ 50 mil. “A ideia é motivar a cultura musical e valorizar novos talentos, com uma premiação justa e com a proposta aos candidatos que não forem classificados terem novas oportunidades a cada temporada”, explicou. Fonte: Governo MT – MT
SES orienta municípios a intensificarem combate ao mosquito da dengue; 59 estão em situação de alerta

O primeiro Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa/LIA) de 2024, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), aponta que 59 municípios de Mato Grosso estão em situação de alerta de infestação do mosquito transmissor de dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Outros 39 municípios têm índices considerados de risco. Ao todo, 129 municípios do Estado realizaram o levantamento que utiliza uma metodologia que permite o conhecimento de forma rápida, por amostragem, da quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas de Aedes aegypti, seguindo as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Destes municípios, 30 tiveram a classificação elencada como satisfatória, conforme levantamento em anexo. A divulgação do documento tem o objetivo de contribuir para o diagnóstico e subsidiar os municípios nas ações de combate às endemias. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-MT, Alessandra Moraes, o informativo é uma ferramenta primordial na vigilância e precisa ser intensificada para ampliar os resultados. “Essa é uma ferramenta que o gestor municipal pode utilizar para todas as medidas necessárias, principalmente nesse momento que vivenciamos uma alta nos números de dengue no Estado. Com isso, ampliar essas medidas de prevenção e controle dentro do seu território”, enfatizou. Além do levantamento do Índice Rápido para o Aedes aegypti, a Secretaria também elencou as medidas e estratégias para intensificar o controle de endemias através dos coordenadores, supervisores de campo e agentes comunitários de saúde. As diretrizes reforçam a necessidade de informar aos moradores sobre o aumento das arboviroses, seus sintomas e riscos por meio do mosquito transmissor, orientando-os a procurar uma Unidade de Saúde em casos suspeitos, evitando assim a automedicação. Alessandra destacou que as ações também orientam a população sobre seus deveres no combate à dengue dentro e fora de casa. “São ações que vão muito além de não acumular água parada, elas se estendem a conscientização coletiva, através de medidas que abrangem do pequeno em sala de aula até seus avós, aumentando o núcleo de atuação no combate à dengue por todo o estado e reduzindo o risco de uma epidemia em Mato Grosso”, afirmou. Veja abaixo os municípios em situação de alerta: Água Boa Itaúba Peixoto de Azevedo Guiratinga Primavera do Leste Colíder Porto Estrela Alto Araguaia Araputanga Santa Cruz do Xingu Nova Monte Verde Pedra Preta Araguaiana Alto Boa Vista Jaciara São José do Povo Barra do Garças Cotriguaçu Juara Curvelândia Nossa Senhora do Livramento Paranatinga Porto dos Gaúchos Gaúcha do Norte Juscimeira Planalto da Serra Vila Bela da Santíssima Trindade Alta Floresta Itiquira Apiacás Canabrava do Norte Denise Nova Nazaré Santo Antônio do Leste Bom Jesus do Araguaia Chapada dos Guimarães Nova Mutum Santa Carmem São José dos Quatro Marcos Vila Rica Araguainha Novo Mundo São Pedro da Cipa Serra Nova Dourada Arenápolis Poconé Ponte Branca Matupá Nova Brasilândia Rondonópolis São José do Xingu Tabaporã Dom Aquino Torixoréu Figueirópolis D’Oeste Nova Santa Helena Reserva do Cabaçal Nova Bandeirantes Rio Branco Abaixo a lista dos 39 municípios com índices considerados de risco: Sapezal Itanhangá Querência Sinop Tapurah Ribeirãozinho Ipiranga do Norte Marcelândia União do Sul Barra do Bugres Lambari D’Oeste Tesouro Pontes e Lacerda Campos de Júlio Cáceres Aripuanã Confresa Cuiabá Santo Antônio do Leverger Cláudia Campo Novo do Parecis Nova Guarita Juína Vera Feliz Natal Nova Xavantina Sorriso Porto Esperidião Brasnorte Campo Verde Nova Ubiratã Mirassol d’Oeste Campinápolis Guarantã do Norte Juruena Santa Rita do Trivelato Canarana Lucas do Rio Verde Várzea Grande Fonte: Governo MT – MT
Exposição de artes visuais é aberta gratuitamente ao público nesta quinta-feira (07)

A Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) promove uma exposição de artes visuais, nesta quinta-feira (07.03), no Museu de Arte e de Cultura Popular, em Cuiabá, com recursos do Edital Viver Cultura. ‘Paisagens Ásperas’ tem entrada gratuita ao público. A exposição será aberta às 19h, com obras do artista Renato Medeiros e curadoria de Jeff Keese. A mostra de artes visuais busca despertar reflexões sobre impactos sociais e ambientais provocados pela interação homem e natureza. Ao todo, são 50 obras expostas, entre pintura, desenho, fotografia e trabalhos digitais, que trazem também a visão do artista sobre as angústias vivenciadas durante a pandemia e as queimadas no Cerrado e Pantanal, em 2020. O projeto contempla também audiodescrição de obras e ações de formação em artes visuais, como visitas mediadas e oficinas de desenho em giz pastel. Renato Medeiros vive em Cuiabá, é doutor em Arte Contemporânea e já participou de exposições no Rio de Janeiro e Brasília. Em 2021, foi premiado em 1º lugar na categoria Pintura, pelo 26º Salão Jovem Arte MT, promovido pela Secel. Outro projeto viabilizado via edital Viver Cultura, da Secel, foi ‘Ensaio sobre a Dramaturgia Mestiça’, uma vivência artística de três dias, realizada pelo Grupo de Teatro Faces, de 23 a 25 de fevereiro, em Primavera do Leste. Durante o período, os artistas de vários municípios mato-grossenses fizeram uma imersão sobre território do teatro, com base em conceitos como colonialidade e dramaturgia mestiça. Eles também compartilharam experiências e puderam vivenciar um pouco do modo de fazer teatro do Grupo de Teatro Faces, que completa 19 anos neste mês de março. A ação contou com apresentações artísticas, rodas de conversa sobre o teatro e as artes em Mato Grosso, além de oficinas e trocas de práticas, num processo de aprimoramento técnico e celebração das artes. Serviço Exposição Paisagens Ásperas Abertura: 7 de março de 2024, às 19h Local: Museu de Arte e de Cultura Popular – MACP UFMT – Cuiabá-MT Aberto ao público. Entrada gratuita Mais informações: (65) 3615-8355 / Whatsapp de Renato Medeiros (84) 98747-2017 / Instagram: @renatomedeirosc Fonte: Governo MT – MT
Seduc seleciona estudantes de licenciatura para programa de estágio supervisionado

A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) está com inscrições abertas para seleção de estudantes de nível superior, da modalidade Licenciatura, para estágio supervisionado no programa Meu Futuro Professor. Os interessados podem se inscrever até o dia 10 de março (clique aqui). As vagas disponibilizadas serão distribuídas entre as 14 Diretorias Regionais de Educação (DREs) e seus municípios abrangentes. O programa Meu Futuro Professor tem como objetivo principal a integração e socialização de estudantes nos âmbitos acadêmicos e sociais, através de acompanhamento pelo professor mentor, colaborando com a preparação do estudante para a vida profissional e pessoal e sua inserção no mercado de trabalho. Durante o programa, serão realizadas atividades programadas e orientadas por meio do professor mentor, conforme previsto no Plano de Trabalho. O estágio supervisionado tem jornada de até 6h diárias ou 30 horas semanais. Poderão se candidatar estudantes da modalidade Licenciatura que estejam regularmente matriculados na disciplina de estágio supervisionado obrigatório. Os requisitos ainda incluem: estar com frequência suficiente na Instituição de Ensino Superior (IES); não estar matriculado em disciplina cujo horário de aula choque com o horário do estágio; apresentar comprovante de matrícula do semestre atual; estar matriculado em uma das Instituição de Ensino Superior – credenciadas ao programa. Para as inscrições, o estudante deverá anexar em um único arquivo o RG e o CPF em formato PDF com até 10MB. Também é importante ter em mãos o atestado de matrícula no curso com data prevista de conclusão (atestado de matrícula/frequência), o qual especifica que na grade curricular consta que está na fase de estágio supervisionado obrigatório. O documento necessariamente precisará ter sido emitido com menos de 30 dias pela faculdade. O candidato que não seguir atender os critérios do edital terá a inscrição indeferida. A relação de inscritos será divulgada no dia 15 do mesmo mês, no site da Seduc, na aba Portal PAS. Fonte: Governo MT – MT
Governo assina ordem de serviço para início da recuperação do asfalto da MT-010

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) assinou a ordem de serviço para o início da restauração do asfalto da MT-010, entre o Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá, e o município de Rosário do Oeste. No total, o Governo de Mato Grosso vai investir R$ 64 milhões na obra, que inclui também a MT-246 até o município de Acorizal. Serão restaurados 90,87 km, sendo 70,4 km da MT-010 e outros 20,4 km da MT-246. O objetivo da obra é retomar a qualidade do tráfego na rodovia e garantir mais segurança para todos os motoristas. Todo o trecho receberá uma camada de Concreto Betuminoso Usinado à Quente (CBUQ), tipo de asfalto mais resistente que o atual. A obra ainda prevê limpeza nos dispositivos de drenagem e sinalização completa. O prazo previsto para a execução é de dois anos. MT-020 Outra rodovia que será recuperada é a MT-020, em um trecho de 99,85 km entre o Distrito de São José do Couto, em Campinápolis, e o município de Canarana. O contrato com a empresa vencedora da licitação foi publicado no Diário Oficial, nessa terça-feira (06.03). A Sinfra-MT vai investir R$ 71,3 milhões para recuperar o trecho que fica entre os municípios de Paranatinga e Canarana, que atualmente é uma das principais vias que ligam o Norte Araguaia ao resto do Estado. Com a assinatura do contrato, o próximo passo é publicar a ordem de serviço, para que as obras tenham início. O prazo de execução está estimado em 15 meses. Em 2023 o Estado recuperou outros 99,75 km da rodovia, a partir de Paranatinga até o Rio Culuene, em Canarana. Fonte: Governo MT – MT
Nota de pesar

O Poder Judiciário de Mato Grosso expressa seu profundo pesar pelo falecimento do senhor Lourival Cerqueira Borba, pai da presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM), juíza Maria Rosi de Meira Borba, ocorrido nessa quarta-feira (06 de março). O velório e sepultamento serão realizados nesta quinta-feira (07 de março), no município de Araguaína, Estado do Tocantins. A Justiça Mato-grossense estende suas condolências aos familiares e amigos da magistrada Maria Rosi de Meira Borba, desejando que o grande Pai Criador, em sua imensa misericórdia conforte os corações de todos. Naiara Martins Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT [email protected] Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT
Judiciário e órgãos parceiros apresentam análise do perfil das vítimas de feminicídio em Mato Grosso

O relatório da análise dos 15 primeiros feminicídios ocorridos em Mato Grosso, entre janeiro e maio de 2023, foi apresentado às autoridades e a toda sociedade nesta quarta-feira (06 de março), no evento organizado pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar no âmbito do Poder Judiciário (Cemulher), realizado na sede do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O evento foi transmitido e pode ser conferido na íntegra no canal TJMT Eventos, no YouTube. A pesquisa revelou, por exemplo, que 80% das vítimas não tinham medida protetiva, 60% não tinham boletim de ocorrência registrado, quase 70% deixaram filhos menores de idade, quase 47% tinham entre 26 e 39 anos de idade, 60% foram declaradas da cor parda, 67% dos familiares tinham conhecimento da violência, mas não denunciaram, 73% das vítimas tinham renda suficiente para manter a família, 40% delas tinham menos de um ano de relacionamento com o autor do crime. Confira o relatório completo da pesquisa clicando aqui Para obter as informações, a assistente social e a psicóloga do Cemulher, respectivamente, Adriany Sthefany de Carvalho e Renata Carrelo da Costa, e servidoras da Defensoria Pública do Estado (DPE-MT) foram a campo e entrevistaram familiares e amigos de 15 vítimas de feminicídio, nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Mirassol D’Oeste, Pontes e Lacerda, Paranaíta, Sorriso, Sapezal, Barra do Bugres, Campo Verde e Paranatinga. De acordo com a juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Correa, titular da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Cuiabá e membro do comitê, o objetivo do levantamento analítico é saber onde estão as falhas no combate à violência doméstica e prevenção ao feminicídio e detectar as áreas que necessitam de mais investimento por parte do Poder Público. “Apesar de mais de 90% da população conhecer a Lei Maria da Penha, entende muito pouco dos seus direitos, quando a mulher precisa pedir a aplicação da Lei Maria da Penha, quais são os tipos de violência que existem. Por isso precisamos investir em campanhas sobre a Lei Maria da Penha para toda a população e também entendemos a necessidade de novas delegacias 24 horas e de mais estrutura para a Patrulha Maria da Penha. Para tudo isso precisa de orçamento, então precisamos dar acesso à população, desde as comarcas maiores até a população rural, ao sistema de segurança pública e justiça”, analisa a juíza Ana Graziela Vaz, que fez questão de entregar em mãos o relatório da pesquisa às autoridades presentes no evento. Essa falta de conhecimento sobre a aplicação prática da Lei Maria da Penha por parte dos familiares e amigos das vítimas de feminicídio, que foram entrevistados na pesquisa, também foi destacada pela assistente social do Cemulher, Adriany Sthefany de Carvalho, que reforçou a necessidade de que os profissionais que recebem as denúncias estejam atentos e façam uma escuta aprofundada sobre os casos. “A gente precisa que nos locais mais longínquos chegue essa informação e que esse serviço realmente funcione, principalmente nas cidades do interior, porque, às vezes, o que é tão óbvio pra gente que trabalha com isso diariamente, naquele interior onde raramente a mulher tem acesso, aquela informação não chegou. Então a gente precisa buscar meios para que todas elas tenham o conhecimento sobre as medidas protetivas, sobre a rede de enfrentamento, sobre os serviços que estão disponíveis e os encaminhamentos que podem ser feitos”, afirmou. Subsídio à atuação dos magistrados – A vice-presidente do TJMT, desembargadora Maria Erotides Kneip, destacou que a pesquisa é importante para que o magistrado e demais operadores da lei saibam a extensão das consequências dos feminicídios. “Essa pesquisa é tudo o que nós precisamos para poder pautar, principalmente, as nossas ações no Poder Judiciário. Nós, magistrados, fazemos a dosimetria da pena a partir de uma série de circunstancias legais e judiciais, mas as consequências extrapenais do feminicídio vão nos ajudar a fazer apenações muito mais severas e, inclusive, com manutenção de prisões para a prevenção do feminicídio”, afirmou, pontuando ainda que a pesquisa está em sintonia com o protocolo de julgamento sob a perspectiva de gênero, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Este ponto também foi levantado pela delegada de Polícia Civil do Estado do Piauí, Thaís Lages Paz, que proferiu palestra com o tema “Feminicídio e a atuação com Perspectiva de Gênero”. “É uma determinação do CNJ que os tribunais preparem os magistrados e as magistradas para julgar com perspectiva de gênero, que é ter um olhar diferenciado nos casos que envolvam violência contra a mulher, tanto a violência íntima, familiar e o crime mais bárbaro, que é o feminicídio. Não julgar como um homicídio porque o feminicídio tem peculiaridades e características diferentes”, pontua. Parceria em prol das vítimas de violência – Durante o evento, o corregedor-geral da Justiça, desembargador Juvenal Pereira da Silva, abordou os esforços que a Justiça estadual tem empreendido para prevenir e combater a violência doméstica e familiar contra a mulher, enfocando o projeto “Cartório Inclusivo”, que prevê a reserva de 10% das vagas de emprego nos cartórios do estado para as mulheres vítimas de violência. A medida já conta com a adesão de diversos cartórios e a previsão é que até o final deste mês de março o termo de cooperação seja assinado entre o Tribunal de Justiça e as entidades representativas dos cartórios. “Com isso podemos garantir dignidade financeira às mulheres vítimas de violência porque muitas estão subjugadas por seus agressores e não podem deixar o lar por não terem condições financeiras”, disse. Perspectiva racial da violência contra a mulher – O relatório sobre feminicídios mostrou que 60% das vítimas foram declaradas como pardas, o que, para a assistente social e representante do Fórum de Mulheres Negras de Mato Grosso, Glória Maria Grandez Munhoz, aponta a necessidade também de políticas públicas que estejam atentas à perspectiva racial, além da perspectiva de gênero sobre a violência contra a mulher. “São mulheres pretas, mulheres da periferia,
Presidente do TJMT fala sobre Justiça Restaurativa para gestores da Educação durante Fórum da Undime

A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva, participou na manhã desta quarta-feira (06 de março) da abertura do 14º Fórum Extraordinário da União dos Dirigentes Municipais de Educação de Mato Grosso (Undime-MT), que está sendo realizado em Cuiabá até a quinta-feira (07). Ela falou sobre a importância da prática dos Círculos de Construção da Paz, ferramenta da Justiça Restaurativa, como prevenção e fomento da convivência pacífica dentro das escolas. Ela também ofereceu a parceria do Poder Judiciário com os municípios para a formação de facilitadores dos Círculos. O tema do evento é “Gestão em Educação: compreendendo seu significado e redefinindo caminhos” e conta com a participação de gestores do setor educacional municipal, além de representantes dos governos estadual e federal, técnicos (as) administrativos (as) e professores (as). Em sua fala de abertura, a desembargadora disse que o evento foi a oportunidade apropriada para levar ao conhecimento do máximo de pessoas e, principalmente, das secretárias (os) de Educação e representantes dos municípios “essa vontade política do Tribunal de Justiça em expandir as parcerias e fazer com que os Círculos de Construção de Paz alcancem o maior número de municípios possível.” “Estamos disponibilizando para todos os municípios, sem custo algum, uma parceria consistente em ofertar a qualificação de facilitadores de Círculos de Construção de Paz, que é uma das metodologias mais simples e potentes da Justiça Restaurativa na prevenção de violência, e especialmente, no fortalecimento de vínculos na criação de retomada de valores. É na educação municipal que nós temos a esperança de que essas parcerias se concretizem e se fortaleçam e nós possamos construir uma política pública permanente, perene por meio dessas qualificações”, afirmou a presidente do TJMT em sua fala de abertura, após cumprimentar os (as) integrantes da mesa de honra. Ela explicou que uma das responsabilidades do Poder Judiciário é promover a pacificação social e não só decidir processos. “Muitas vezes uma sentença não significa que as pessoas voltaram a se entender, no entanto, no trabalho de prevenção e tratamento adequado dos conflitos que são naturais e inerentes ao ser humano, aí sim, teremos a oportunidade de intervir na formação de uma cultura de paz.” A desembargadora afirmou que o (povo) brasileiro, infelizmente, ao longo das últimas décadas, foi muito incentivado a ir à Justiça e nunca, ou pouco estimulado a repensar a “cultura do litígio pelo litígio” ao abrir processos para resolver qualquer assunto. “Nós chegamos a um estrangulamento tal, que o próprio Poder Judiciário se viu nessa necessidade de sair em busca dessas parcerias e procurar transformar essa cultura do litígio numa cultura de paz. E é isso que estamos propondo, que abracem essa causa conosco e venham somar aos 19 municípios de Mato Grosso que já têm sancionadas as leis municipais introduzindo na Educação os Círculos de Paz. Nós já ofertamos a mais de 30, as qualificações necessárias, mas é importante que vocês tomem conhecimento de como são as parcerias que estamos oferecendo.” O professor Sílvio Fidelis, presidente da Undime-MT, vice-presidente da Undime Nacional e secretário de Educação de Várzea Grande, explicou que durante os dois dias estão sendo abordados temas organizados, e já em prática, nos municípios como a Justiça Restaurativa do TJMT. Ele afirmou, como secretário de Educação, que a parceria faz a diferença e que em seu município a organização da capacitação já está sendo feita. “Em Várzea Grande já estamos na organização de quatro turmas com cem profissionais da Educação para fazer a capacitação da Justiça Restaurativa. Eles e elas vão fazer os Círculos da Construção de Paz nas suas unidades. Isso mostra a importância da parceria e mostra a necessidade de buscarmos alternativas para fazermos diferente.” O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e prefeito de Primavera do Leste, Leonardo Bortolin, ao cumprimentar os participantes do evento na pessoa da desembargadora Clarice Claudino, falou a ela sobre sua impressão em relação aos Círculos da Paz nas escolas de sua cidade. “Eu tive a felicidade de acompanhar de perto o trabalho protagonizado pela senhora, que acontece no município de Primavera e o quanto isso tem impactado na diminuição e resolução de conflitos não somente no serviço escolar, mas também dentro do núcleo familiar. Então tenho certeza que vamos fazer um trabalho conjunto levando essas boas práticas a todos os municípios do Estado.” FÓRUM UNDIME – O evento termina na quinta-feira e é dedicado a gestores (as) municipais de Educação de Mato Grosso e suas equipes que, nos dois dias, poderão discutir e explorar pautas fundamentais da gestão educacional, além de trocar experiências sobre os desafios e oportunidades na gestão das políticas públicas educacionais das cidades. A programação inclui palestras, mesas redondas, atendimentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e dos programas Avalia MT e Alfabetiza MT, do governo estadual. A Undime organizou também uma exposição com expositores/fornecedores de diversos segmentos, como brinquedos pedagógicos e cursos. Participaram da mesa de honra da abertura do evento também o presidente da Undime Nacional, Alécio Costa Lima; diretor de Avaliação, Monitoramento em Educação Básica do Ministério da Educação, Valdoir Delon; secretária-adjunta de Gestão Educacional da Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT), professora Nadine Moreira da Silva; vice-prefeito de Várzea Grande, José Azama; promotor de justiça do Ministério Público de Mato Grosso, coordenador do Centro de Apoio Operacional em Educação de Mato Grosso, Miguel Slhessarenko, coordenador do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa do TJMT (NugJur), juiz auxiliar da presidência, Tulio Duailibi; diretora do Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professora doutora Rute de Palma; secretaria executiva da Comissão Permanente de Educação e Cultura do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Cassira Vuolo; representante do Conselho Municipal de Educação de Mato Grosso, secretária municipal de Educação de Primavera do Leste, professora Adriana Tomazoni; coordenadora da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME-MT), professora Eva de Paulo Vieira Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) ,