Filósofo, escritor, romancista, contista e artista plástico, Ricardo Dicke (Chapada dos Guimarães-MT, 1936 – Cuiabá- MT, 2008) iniciou os estudos em 1941, ano em que se muda para Cuiabá. Por volta de 1965 se estabelece no Rio de Janeiro (RJ), onde estuda pintura e desenho com Frank Skchaeffer (1917), Ivan Serpa (1923 – 1973) e Iberê Camargo (1914 – 1994), concluindo bacharelado em Filosofia, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1971.
Trabalhou como revisor no jornal O Globo entre 1973 e 1975 e, em 1977, publica o romance Caieira. Pela dissertação Conjunctio Oppositorum no Grande Sertão, se torna mestre em estética, em 1982. Quatro mais tarde edita o romance A Chave do Abismo, seguido por Último Horizonte, em 1988. Em 2004, é nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Sua obra configura um regionalismo ligado a Mato Grosso e às filosofias fenomenológicas de Heidegger e Merleau-Ponty, distanciando-o das canônicas vertentes nordestinas. Por características com esta, foi homenageado na feira literária Literamérica, em 2005, e vem sendo amplamente pesquisado e referenciado por outros autores como a professora Madalena Machado.