Governador destaca que irrigação é caminho para o futuro da agricultura no Estado

O governador Mauro Mendes discutiu soluções sobre os principais entraves para ampliar as áreas de agricultura irrigável em Mato Grosso, em reunião, nesta quinta-feira (09.05), com representantes das multinacionais Netafim e Lindsay Corporation, duas gigantes mundiais da irrigação.

Também participaram do encontro os secretários-adjuntos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Eulália Olveira e Anderson Lombardi, e o presidente da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir), Hugo Garcia.

Assim como nos demais estados produtores de grãos, os maiores desafios para o aumento da área de agricultura irrigada são as outorgas e a energia elétrica.

“A irrigação é fundamental porque o agronegócio tem três grandes riscos: o mercado, o preço do dólar – a maioria das commodities estão atreladas ao dólar – e o climático, que é chuva, que ninguém controla. Com a irrigação, acredito que se diminui muito esse risco climático. Você controla a água, coloca no momento certo e com a planta na quantidade correta, aumenta-se muito a produtividade. Com isso, diminui tanto o risco de preço e do patamar do dólar que interfere no resultado”, argumentou o governador.

Mauro ainda assegurou que o Estado vai trabalhar fortemente nos próximos meses para resolver o problema da outorga e também em outras equações que impedem o avanço da irrigação, como a energia elétrica e financiamento.

O Governo de Mato Grosso investiu cerca de R$ 7,5 milhões em um estudo para identificar o potencial das águas subterrâneas e águas superficiais (rios, lagos), em Mato Grosso, visando aumentar a área da agricultura irrigada para garantir a produção de grãos, diante da redução gradativa do regime de chuvas.

O levantamento é realizado pelo Instituto Mato-grossense de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigação (Imafir), em parceria com a Universidade Federal de Viçosa e a Universidade do Nebraska, nos Estados Unidos, e está em fase de levantamento das informações que serão cruzadas para os cálculos sobre a quantidade de água disponível. A previsão é de que em 18 meses saia o resultado prévio, das bacias do Rio das Mortes e Alto Teles Pires e em 2026 o trabalho seja concluído.

O diretor geral da Lindsay do Brasil, subsidiária da americana Lindsay Corporation, Eduardo Navarro, disse que ficou surpreso com o entendimento do governador sobre o impacto positivo da irrigação para o Estado de Mato Grosso.

“É importante apresentar essa pauta aos governadores. Já estivemos com Ratinho (Paraná) e Tarcísio (São Paulo) para mostrar o impacto da irrigação para o setor produtivo. Foi uma surpresa muito grande o governador Mauro já entender sobre qual é o impacto positivo que a irrigação pode trazer. Então aqui a gente só alimentou um pouco mais e nos colocamos à disposição para ajudar o governador a andar mais rápido com a política de irrigação para o Estado”, afirmou.

As empresas também demonstraram interesse em instalar indústria em Mato Grosso diante do potencial de irrigação do Estado. Uma das opções é a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Cáceres, permitindo exportar sem pagar impostos e ainda com incentivos fiscais para operações internas e interestaduais.

“Eles sabem do potencial de Mato Grosso e a irrigação e o futuro do agronegócio. Sem irrigação, a gente tem uma agricultura de muito risco. Por meio do estudo que estamos fazendo, teremos uma segurança maior para mostrar tanto para os órgãos de controle que a gente tem com a capacidade de água. Temos 200 mil hectares de área irrigada e temos potencial de 4 milhões de hectares”, disse o presidente da Aprofir, Hugo Garcia.

Fonte: Governo MT – MT

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