A Praça Alencastro, que já foi denominada Largo da Presidência, guarda muitas histórias. Uma delas diz respeito ao chafariz que ali existiu e que ficou famoso depois do banho que alunos do colégio Liceu Cuiabano deram em Samuel Gonçalves.
A história é a seguinte: em 1938, circulava em Cuiabá o jornal estudantil denominado “A Voz do Norte”, dirigido por Benoni Lima e Francisco Nonato. Nele havia espaço para quem quisesse expor suas ideias e publicar crônicas e artigos.
Em uma das edições, apareceu nas páginas do periódico um artigo escrito pelo articulista Samuel Gonçalves intitulado de “Infelizmente Assim”, com o pseudônimo “Caramurus”. Alguns alunos do Liceu Cuiabano, ofendidos com o texto provocativo nas entrelinhas, resolveram dar o troco. Um belo dia na praça, Samuel que estava de paletó de linho branco, pronto para ir a um baile, foi surpreendido e encurralado pelos alunos do colégio Estadual que o pegaram à força e o atiraram no tanque.
INQUÉRITO
Sentindo-se ofendido com a brincadeira, o articulista foi direto dar queixa à Polícia. Procedido o inquérito policial, ficou constatado “banho não ser crime”. Como o caso estava sendo levado ao ridículo, o então chefe de Polícia, advogado Antônio Ries Coelho, pai de Antonieta Ries Coelho – a mulher responsável por trazer a TV para Mato Grosso – mandou arquivar o processo.