Uma página em branco para recomeçar! Esse é o sentido da campanha ‘Janeiro Branco’ abraçada pelo Poder Judiciário de Mato Grosso com o objetivo de chamar a atenção de magistrados (as), servidores (as) e colaboradores (as) para a importância de estarmos atentos às nossas emoções e sobre como cuidados diários podem fazer a diferença na prevenção das questões emocionais.
Com a Lei Janeiro Branco (14.556/23), campanhas nacionais realizadas sempre nos meses de janeiro ganharam maior visibilidade ampliando a abordagem sobre a importância da construção de hábitos, ambientes e relações mais saudáveis, além de reduzir o preconceito sobre o tratamento das emoções.
O objetivo do ‘Janeiro Branco’ é promover um ambiente acolhedor em que as pessoas se sintam à vontade para expressar suas dores, emoções e medos, e assim, buscar apoio quando necessário. Como uma folha em branco, o ‘Janeiro Branco’ surge como um ponto de partida, a partir da reflexão sobre objetivos, desejos e projetos não alcançados no ano que se encerrou, propondo a partir daí, que novos planos e metas sejam elaborados, alimentando em si, a fé no amanhã e na possibilidade da conquista.
Segundo a psicóloga do Departamento de Saúde do Tribunal de Justiça, Giselle Ramos de Castilho Teixeira, o ‘Janeiro Branco’ traz a mensagem de que é preciso trabalharmos nossas emoções antes que transtornos como depressão, ansiedade, e nos casos mais graves, o suicídio, se instalem.
“A proposta do Janeiro Branco é exatamente a de sermos uma folha em branco, é o recomeço. É quando temos a chance de refletir sobre pensamentos, emoções e comportamentos incômodos, sem cobranças ou julgamentos, e a partir daí, reescrevermos nossos projetos, realizações e até mesmo sobre nossa forma de ser, e sobre aquilo que nós não queremos mais ser neste ano. É como você vai avaliar a possibilidade de realizar a partir do agora porque o ano novo traz essa energia cheia de força, de coragem, de garra e de vigor, inclusive da nossa fé no amanhã. O Janeiro Branco nos faz o alerta de que é preciso trabalharmos nossas emoções antes que os transtornos se instalem”, alertou Gisele.
O sentido é enfrentar de forma equilibrada, as frustrações impostas pela vida, que apesar de se apresentarem como desafios, com o passar do tempo podem se revelar como grandes oportunidades de aprendizado e amadurecimento pessoal.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o Brasil está entre os piores rankings mundiais relativos a qualidade da saúde emocional. Os números mostram que 5,8% da população brasileira, ou seja, 12 milhões de pessoas, sofre de depressão (a maior taxa da América Latina, a segunda maior das Américas e a quinta maior do mundo). Em relação aos transtornos de ansiedade, o Brasil é o recordista mundial, com 9,3% da população com algum desses problemas. E quando o problema em questão é o suicídio, a situação também é preocupante: a ocorrência de 12 mil suicídios anuais no país faz com que o Brasil ocupe a 8ª colocação, no planeta, em relação à contagem absoluta de mortes autoprovocadas. O Brasil também é o país com maior prevalência de ansiedade no mundo, com 9,3%.
Janeiro Branco – Até o final de janeiro uma série de ações envolvendo a distribuição de conteúdo informativo como matérias de texto, rádio, vídeo e redes sociais, será realizada com o objetivo de alertar sobre a importância do cuidado com as emoções. O trabalho é uma iniciativa do Departamento de Saúde, vinculado à Coordenadoria de Gestão de Pessoas (CGP), em parceria com Coordenadoria de Comunicação (CCOM) do Tribunal de Justiça.
Naiara Martins
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT