João Reis: essência poética das temáticas românticas

O cantor, compositor e violonista João Reis João nasceu em Cuiabá (MT) e iniciou os trabalhos artísticos aos 13 anos. É professor de instrumentos de cordas e de composição e arranjo na Escola de Música Bateras Beat Cuiabá e, em 2019, representou o estado de Mato Grosso na III Mostra Nacional de Música da Sesc Escola de Ensino Médio, no Rio de Janeiro (RJ). Sob tutoria do professor Pio Toledo, que o ensinou muito sobre o meio musical,  o cantor se encontrou com a Música Popular Brasileira (MPB) e descobriu um verdadeiro amor. Suas composições baseiam-se no dia a dia, com inclinação especial para as temáticas românticas. Em 2014 estreou seu primeiro show autoral e desde então fez lançamentos de EPs, singles e clipes. Já participou de diversos shows com a cantora e compositora, Ana Rafaela, dividiu o palco com Fernando Anitelli, fundador do Teatro Mágico, e fez a abertura do show do Lenine, no projeto “Vem Pra Arena”, em 2016. Realizou ainda vários trabalhos com teatro. Em 2019 lançou o single “Uma quase” em show no Cine Teatro Cuiabá e, em 2020 apresentou o seu último projeto: “Hábito”.

João Eloy, um doutor na música mato-grossense

Médico, cantor, compositor, escritor, artista plástico e empresário, João Eloy é um artista multifacetado. Nascido em Chapada dos Guimarães, mudou-se para Niterói (RJ) para cursar medicina, na Universidade Federal Fluminense (UFF) na década de 1970. À época participou de importantes festivais cariocas, junto a nomes como Aldir Blanc, Jerry Adriani, Ciro Monteiro, Moreira da Silva, Amelinha, João Bosco e Roberto Carlos. Professor de Medicina da UFMT, O cantor João Eloy gravou três discos: “Revivendo Cuiabá”, um disco independente, lançado em 1982, “Ensinamentos” um disco que contou com a participação do amigo Moreira da Silva, e “Veredas dos Confins em 1986”, um trabalho que contou com apresentação de outro amigo, Ney Matogrosso. Com a extinção do vinil, ele entrou na onda dos CDs com “Uma Festa na Chapada” em 93. No total, tem 20 discos gravados e seis livros publicados, incluindo “Chapada dos Guimarães da descoberta aos dias atuais” e “Poesias Giz dos Sentimentos”.

Pescuma, Henrique e Claudinho: trio revelação

A aliança musical entre Henrique, Claudinho e Pescuma teve início em 1989, quando o amigo comum Zezé Di Camargo sugeriu a união de talentos que viria a marcar profundamente o cenário da música brasileira. Formando o trio Pescuma, Henrique e Claudinho, essa parceria logo se destacaria, não apenas pela harmonia vocal, mas principalmente pela preservação e difusão das raízes culturais mato-grossenses. Com sua dedicação inabalável ao Rasqueado Cuiabano, um dos ritmos mais representativos de Mato Grosso, o trio tornou-se, com o passar do tempo, uma verdadeira embaixada da cultura local. Seu trabalho não se limita a uma mera representação musical, mas é uma expressão genuína de amor e respeito pelas tradições da região, que são celebradas com intensidade e autenticidade em cada acorde. Henrique, Claudinho e Pescuma são muito mais do que artistas, são verdadeiros guardiões de um legado musical que remonta às origens do povo cuiabano, e sua trajetória é marcada por sucessos que transcendem gerações. Com um repertório que mistura o folclore e a modernidade, o trio conquistou corações e se tornou símbolo de resistência e paixão pela cultura regional. Sua obra é um testemunho do poder da música como veículo de memória e identidade, sendo aclamado como um dos maiores nomes da música mato-grossense e um ícone da música brasileira.

Guapo: pioneiro da vanguarda de Mato Grosso

Mais conhecido como Guapo, Milton Pereira de Pinho nasceu em 1951, em Cáceres, Mato Grosso. O pai era violeiro, um de seus tios era cantor, a avó paterna, pianista e o avô materno, cururueiro. A partir desta mistura deu-se sua formação musical, influenciada ainda pelos sons do Pantanal e pela vivência no meio popular, pelos bailes, festas de santo e outros festejos folclóricos. Com 18 anos começou a tocar violão e nunca mais parou. Além disso, manteve sempre proximidade com a pesquisa, pintura, literatura, cinema e poesia. Ao longo da década de 70 morou em Goiânia (GO) e depois no Rio de Janeiro (RJ), onde pesquisou o samba no morro do Estácio. Em 1976, mudou-se para São Paulo (SP), onde permaneceu até o ano de 1984. Participou ainda de diversos festivais e lançou vários CDs, além de um livro. Durante sua trajetória, pesquisou a música latino-americana e o rasqueado mato-grossense pelos países fronteiriços (Paraguai, Argentina e Bolívia). Em 1985, já em Cuiabá, começou a unir os conhecimentos com os músicos Vera e Zuleika e Marques Caraí, nascendo daí a ideologia musical, Vanguarda Nativista, que propõe pesquisa e autodeterminação para o novo canto da música local.

Gilmar Fonseca, de “Revivendo Cuiabá e Várzea Grande”

Trompetista, cantor e compositor, Gilmar Fonseca nasceu no bairro do Porto, em Cuiabá. O avô, João Marinho da Fonseca, é compositor do Hino de São Benedito e era mestre da Banda da Usina Itaici, da qual fazia parte. Sob a influência da música, sobretudo o rasqueado, Gilmar montou, aos 14 anos, sua primeira banda, chamada Os Brasinhas. A partir daí passa por diversos grupos entre as décadas de 70 e 80, como o Yankee Star, Los Bambinos, Cartão de Visitas e New Times, até chegar ao conjunto da famosa boate Sayonara. Em 1994 grava o primeiro CD, intitulado “Revivendo Cuiabá e Várzea Grande”. O trabalho, que consiste em uma coletânea de rasqueados, inclui o sucesso Casa de Capim, uma de suas músicas mais conhecidas. A composição passa a ser regravada por diversos cantores de Cuiabá e se firma como um clássico. Por meio dela, Gilmar viaja para o Rio de Janeiro (RJ), onde participa de um show com Erasmo Carlos na Marina da Glória. Para além de sua atuação musical, ele também apresentou um programa na televisão local, voltado aos estudantes. É ainda fisioterapeuta profissional e estudou Direito.

Estela Ceregatti, cantos, premiações e mostras

Estela Ceregatti é cantora, compositora, instrumentista e professora de canto. Graduada em Música pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é especialista em Antropomúsica e pós graduanda em Canto e Cantoterapia pela Faculdade Rudolf Steiner, de São Paulo (SP). Em 2017 venceu o Prêmio Grão de Música, em São Paulo (SP). Já em 2018, foi premiada com o  Profissionais da Música (Music Pro Awards – BSB), na categoria Criação (2018) e, em 2019, foi finalista na mesma premiação na categoria Melhor Autora. Seu primeiro disco solo, “AR”, foi lançado em 2017. Em 2020, Estela gravou seu segundo álbum “TERRA – Força Mulher”. Já dividiu palco com importantes nomes, como: Ivan Lins, Mônica Salmaso, Renato Braz, Nelson Ayres, Simone Guimarães, Paula Santoro, Orquestra Ciranda Mundo, Mphuzi Chauke e outros. Participou ainda de diversas mostras e festivais como a Mostra Sesc de Música Leão do Norte em Petrolina, Mostra Sesc de Cultura do Cariri, Mostra Nacional de Música do SESC ESEM e Festival Internacional Ethno Brazil.