Gabriel de Mattos: literatura e histórias em quadrinhos.

Arquiteto formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1984, Gabriel de Mattos concluiu o mestrado em Educação pela Universidade de Cuiabá (Unic) em 2000. Professor titular da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), pesquisa, majoritariamente, História da Arquitetura e Urbanismo. É conhecido por sua ligação com Mato Grosso, com a literatura brasileira e histórias em quadrinhos. Ao longo dos anos, além de livros, publicou contos e resenhas veiculados em diversos jornais e revistas, destacando-se, em paralelo, por seu trabalho como desenhista. Mesclando ficção e realidade, escreveu seu primeiro conto aos 15 anos, para, em seguida, publicar o Romance Preliminar (1978). Neste período surgiu material para o romance Geração da Virada, que revela perspectivas sobre a geração da década de 1970. Também são de sua autoria obras como Vertiginoso e Outros Contos (2010); Desmontando Os Quadrinhos – Histórias em Quadrinhos, Educação e Regionalidade (2009); República Transatlântica (2005); Quadricrônicas (2005); Doce Irresponsabilidade (2005); Destino Oeste (2005); Cuiabá: Duas Novelas (2003) e A Geringonça (2002). Atualmente, Gabriel faz doutorado em Estudos de Cultura Contemporânea na UFMT.

Eduardo Ferreira, precursor do audiovisual mato-grossense

Músico, compositor, escritor e cineasta, Eduardo Ferreira nasceu em Guiratinga, em 1961. De lá, mudou-se para Rondonópolis, Uberlândia (MG) e Rio de Janeiro (RJ), chegando a Cuiabá na década de 1980.  Ao longo deste período, estudou Arquitetura e Letras. Conhecido pela intensa atuação no setor cultural, é também um dos precursores do audiovisual mato-grossense.  Ainda na década de 80 fundou, em parceria com outros artistas, o grupo de arte litero-musical “Caxemir-Bouquê”, que realizava apresentações de música e poesia falada, tendo gravado 2 CDs.  Desde então, vem publicando poemas, crônicas, contos e resenhas em jornais, sites, revistas e livros de Mato Grosso. Dentre os inúmeros trabalhos destaca-se a novela Eu Nóia (2007). Além disso, roteirizou e dirigiu diversos curtas e documentários, foi diretor de TV, editor de jornal e articulador do site Overmundo. É um dos idealizadores do coletivo cultural Cidadão Cultura, espaço no qual publica com frequência. É,  atualmente, produtor e apresentador da Rádio Assembleia, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (89,5 FM), onde mapeia a música produzida no Estado.

Divanize Carbonieri, poeta de ‘Entraves e de ‘A ossatura do rinoceronte’

Graduada em Letras, Língua Inglesa e Portuguesa e Artes Plásticas, Divanize Carbonieri concluiu o doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e dá aulas de Literaturas de Língua Inglesa na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). É também uma das editoras da revista literária digital Ruído Manifesto e integra o Coletivo Maria Taquara, ligado ao Mulherio das Letras. Professora, escritora e poetisa, assina livros de poesia como Entraves (2017), agraciado com o Prêmio Mato Grosso de Literatura; Grande depósito de bugigangas (2018), selecionado pelo Edital de Fomento à Cultura de Cuiabá/2017; A ossatura do rinoceronte (2020) e Furagem (2020), além da coletânea de contos Passagem estreita (2019), selecionada pelo Edital de Fomento à Cultura de Cuiabá/2018. Em 2018 chegou à final do Prêmio OFF Flip, na categoria poesias. Já na edição de 2019 ocupou a segunda colocação na categoria Conto. Também foi finalista no terceiro Concurso da Editora Lamparina Luminosa em 2016. Atua ainda como tradutora, tendo participado da tradução de “Hind Swaraj: autogoverno da Índia de Mohandas Gandhi” e “100 Grandes poemas da Índia”.

Cristina Campos, autora da célebre obra ‘O Falar Cuiabano’

Cristina Campos, nascida em Presidente Prudente (SP), encontrou em Cuiabá seu lar e inspiração, crescendo às margens do rio Coxipó, no histórico distrito do Coxipó do Ouro. Aprendeu a ler com a mãe antes mesmo de ingressar na escola, dando início a uma trajetória marcada pela paixão pela escrita. Entre 1983 e 1998, concluiu a graduação em Letras e o mestrado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Posteriormente, em 2007, obteve o doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Dedicou sua carreira à educação, atuando como professora de Língua Portuguesa e Literatura no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – Campus Cuiabá (IFMT), onde também idealizou e produziu a publicação literária Dazibao. Esse projeto, fruto de laboratórios vivenciais, estimulava os alunos a explorar e criar literatura. Além disso, Cristina se destaca como revisora e organizadora de inúmeras obras. Reconhecida por suas pesquisas voltadas à cultura mato-grossense, Cristina ocupa, desde 2015, a cadeira nº 16 da Academia Mato-grossense de Letras (AML). Sua contribuição literária inclui obras de grande relevância, como Pantanal Mato-grossense: O Semantismo das Águas Profundas (2004), Conferência no Cerrado (2008), Manoel de Barros: O Demiurgo das Terras Encharcadas (2010) e O Falar Cuiabano (2014), consolidando-a como uma das mais importantes vozes da cultura regional.

Antônio Sodré, autor de ‘Besta Poética’ e de Empório Literário’

“El poeta de la transmutación”, era como se autodenominava Antônio Sodré (Juscimeira – MT, 1959 – Cuiabá – MT, 2011). Filho de comerciantes vindos da Bahia para Mato Grosso, nasceu em Juscimeira, onde deu início aos estudos. Mudou-se para o bairro Pedregal, na Capital, na década de 1970, ingressando, posteriormente, nos cursos de História, Letras e Música da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). No campus estabeleceu uma banca de livros de onde acompanhou, por mais vinte anos, diferentes gerações de estudantes. Além de poeta, transitava pela música, artes cênicas e artes plásticas, inserindo-se na cena cultural cuiabana a partir dos anos 1980. À época também fez parte do grupo de arte litero-musical “Caxemir-Bouquê”, que realizava apresentações de música e poesia falada, tendo gravado 2 CDs. Hoje o Instituto de Linguagens da UFMT o reverencia com um espaço batizado com seu nome, onde mesas e banners exibem trechos de suas obras. Irmão do artista plástico Adir Sodré, assina livros como Besta Poética (1984) e Empório Literário (2005), além de clássicos como O Lado Humano Não Acompanha o Tecnológico; Tão Só Dré; Fóssil; Cômica Cósmica; outros 500 e Still Corporation, entre outros.

Aclyse de Mattos: Homenagem sublime a Névio Lotufo

Poeta, escritor e professor, Aclyse de Mattos (Cuiabá-MT, 1958), iniciou os estudos em Cuiabá. Concluiu a graduação em Administração na Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e especializou-se em Propaganda e Marketing pela Escola Superior de Propaganda a Marketing (ESPM-RJ). É ainda mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP) e doutor em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com mais de 30 anos de produção artística e literária, ocupa, desde 2017, a cadeira de número 3 da Academia Mato-grossense de Letras (AML). Assina livros infantis, de contos e poemas como Natal Tropical; Assalto à Mão Amada; Quem Muito Olha A Lua Fica Louco (2000); Papel Picado; Festa (2012) e o Saxofonista (2018). Além disso, tem publicações em revistas literárias e artigos científicos. Em abril de 2020 seu livro “Motosblim: A Incrível Enfermaria de Bicicletas”, ilustrado por Marcelo Velasco e publicado pela Entrelinhas Editora, venceu na categoria Conjunto de Ilustrações, da terceira edição do Prêmio Aeilij de Literatura, promovido pela Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (Aeilij). Atualmente, Aclyse é professor do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).