As demandas por modernização e eficiência do Poder Judiciário crescem e os projetos para acompanhar esta nova realidade também. Um levantamento divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em maio deste ano, mostrou que o número de projetos de IA nos tribunais e conselhos de Justiça registrou aumento de 26%, entre 2022 e 2023. A necessidade de acompanhar esta modernização foi um dos temas abordados pelo Corregedor-Geral da Justiça, desembargador Juvenal Pereira da Silva, que recepcionou acadêmicos de Direito que participaram do projeto ‘Nosso Judiciário’, na quarta-feira (18 de setembro).
Ao todo, 52 alunos da Faculdade Univest de Educação de Cuiabá conheceram um pouco mais da estrutura e funcionamento do Poder Judiciário Mato-grossense. O grupo acompanhou uma sessão da Segunda Câmara Criminal e foi recepcionado pelo desembargador Juvenal Pereira da Silva, no Espaço Memórias do Judiciário.
Na ocasião, o magistrado destacou a necessidade de os acadêmicos dominarem as novas ferramentas tecnológicas, que vieram para somar para a melhoria dos trabalhos no Judiciário.
O movimento da tecnologia avança a passos largos. Como coloquei: o doutor Emerson Luis Pereira Cajango, juiz-auxiliar da Corregedoria, sempre diz aos servidores e também aos magistrados que hoje a internet é de 92 para cá e o sistema está em desenvolvimento. Hoje já estamos a passos largos no Processo Judicial Eletrônico (PJE) e com uma celeridade na prestação da tutela judicial aos cidadãos e cidadãs de todo o país”, ponderou o desembargador Juvenal Pereira.
Para o professor de Direito Civil, Fernando Henrique Caetano, a mensagem do magistrado reforça as orientações feitas em sala de aula. “Sempre lembro que antigamente a gente tinha processos físicos e muitas coisas eram feitas realmente na mão, eu mesmo já peguei inúmeros processos assim. Porém, hoje, com o avanço da tecnologia, os advogados, os profissionais, os assessores, futuros desembargadores, promotores, delegados, todos terão que lidar com essa modernidade e ter esse conhecimento”.
Conforme painel de divulgação da pesquisa sobre Inteligência Artificial de 2023, do CNJ, algumas das principais motivações para criação de um projeto de IA estão: a busca por eficiência e agilidade, aumento da precisão e consistência de tarefas repetitivas, busca por inovação nos processos internos e melhoria na tomada de decisões.
Na avaliação do aluno Naldo Nascimento, a modernização também reduz burocracias e tempo, com isso os agentes podem focar em dar respostas ágeis à sociedade.
“Hoje temos o PJE que já facilita muito os trabalhos e a evolução favorece uma justiça que chegue a quem precisa, faz com que ela deixe de ser morosa”, concluiu.
Projeto Nosso Judiciário – O projeto “Nosso Judiciário” é voltado para estudantes universitários, principalmente do curso de Direito, e aos alunos da rede estadual do ensino médio. A finalidade é aproximar a sociedade do Poder Judiciário.
#Paratodosverem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Imagem1: alunos posam para foto com o Corregedor-geral da Justiça. Ele é um homem de cabelos brancos, usa um terno azul-escuro e gravata com estampada em azul e branco. Imagem 2: Corregedor Juvenal Pereira está em destaca na imagem horizontal, ele concede entrevista à TV Justiça.
Priscilla Silva / Fotos: Myacon Xavier
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT