Curiosidades da história do futebol

GOLAÇO!
Um dos esportes que mais atraem espectadores no mundo, o futebol tem várias histórias inusitadas e curiosidades que nem todos conhecem.

Capaz de unir gerações, classes e nações, pode-se dizer que o futebol é o esporte que mais tem apaixonados por todo o mundo. O esporte é tão popular que, na época da disputa da famosa Copa do Mundo, as empresas chegam a dispensar seus funcionários para poderem assistir aos jogos.

E quando se fala em jogos, mesmo que cada torcedor tenha a expectativa de um resultado positivo ao final da partida, o sentimento de surpresa é um dos maiores encantos que envolvem os 90 minutos de um jogo. No futebol, todo mundo sabe como começa uma partida, mas ninguém consegue imaginar como ela vai prosseguir e terminar.

Cheio de possibilidades e com um poder de levar pessoas a um misto de sentimentos entre tristeza, alegria, ansiedade e alívio no prazo de segundos, o futebol, em sua trajetória, é composto por histórias inusitadas e casos curiosos que nem todo mundo conhece.

Conheça 23 fatos que aconteceram no Brasil e no mundo para contar um pouco sobre a trajetória do futebol:

1) A primeira Copa foi na América do Sul
A primeira Copa do Mundo de Futebol foi realizada no Uruguai, no ano de 1930, e os anfitriões levaram o título da competição vencendo a Argentina na grande final.

2) Só um país disputou todas as Copas
Desde que a Copa do Mundo foi criada, em 1930, o Brasil é o único país que participou de todas as edições do mundial. Além disso, a seleção brasileira é a maior campeã do futebol masculino, sendo a única com cinco taças do mundial.

3) Manto da padroeira do Brasil
Em 1958, o Brasil já atuava com o uniforme “canarinho”, na cor amarela. Em jogo com a Suécia, as cores repetiram-se, e nesse momento foram criadas as camisas azuis. O novo tom azul seria a cor do manto de Nossa Senhora da Aparecida, a padroeira do Brasil.

4) O primeiro gol do Brasil em Copas
O primeiro gol do Brasil em Copas do Mundo foi marcado pelo jogador Preguinho contra a Iugoslávia, em 1930. Infelizmente, o Brasil perdeu por 2×1.

5) O primeiro “7×1”
A eliminação do Brasil na Copa de 2014, quando perdeu para a Alemanha por 7×1 em Belo Horizonte, é considerada atualmente a grande “tragédia” do futebol brasileiro. Antes, o maior “vexame” tinha sido em 1950, quando o Brasil também foi sede do mundial. A seleção chegou à final contra o Uruguai, e o título já era esperado por torcedores e imprensa, mas o Brasil perdeu por 2×1 em pleno Maracanã lotado. A derrota ficou conhecida como Maracanazo.

6) Bola feita com bexiga de boi
A primeira bola de futebol foi feita de couro curtido (capotão), e a câmara de ar era uma bexiga de boi. Em 1958, a bexiga deu lugar à câmara de ar de borracha, mas, em dias chuvosos, as bolas encharcavam-se, chegando a pesar o dobro. Em 1994, as bolas começaram a ficar mais leves, graças à presença de polímeros. O poliuretano foi usado como revestimento e, nas camadas internas, empregou-se o poliestireno, enquanto as câmaras eram de látex.

7) Roubaram a taça!
O troféu da Copa do Mundo foi usado em duas versões: a Taça Jules Rimet, de 1930 a 1970, que levava o nome do primeiro presidente da Fifa, entidade que rege o futebol, e o Troféu da Copa do Mundo, usado de 1974 até hoje.

Nas primeiras edições, a posse definitiva da taça ficaria com o país que conseguisse vencer três edições do mundial, o que aconteceu com o Brasil após vencer em 1958, 1962 e 1970. Depois do tricampeonato do Brasil, a Fifa elaborou a nova taça, dessa vez sem permitir a entrega definitiva aos vencedores.

Em 1983, a Jules Rimet foi roubada no Brasil e, alguns dias depois, foi descoberto que ela havia sido derretida. Em 2015, uma parte da taça foi encontrada nos porões da sede da Fifa, em Zurique, na Suíça.

8) Os números nas camisas
A numeração dos uniformes só apareceu em 1933. Na Copa da Inglaterra, entre Everton e Manchester City, uma equipe numerou as camisas de 1 a 11, e a outra, de 12 a 22. No Brasil, a numeração foi implantada em 1947, e, em 1950, a ideia chegou à Copa do Mundo. A numeração facilitava a identificação dos jogadores para locutores, fotógrafos etc.

9) Não existiam cartões até a Copa de 1970
Após uma confusão na Copa do Mundo de 1966, a FIFA implantou os cartões amarelo e vermelho. Em um jogo entre Argentina e Inglaterra, o capitão argentino Rattín contestou a marcação de uma falta com o árbitro alemão Rudolf Kreitlein. O juiz considerou a reclamação acintosa e expulsou o argentino. Rudolf utilizou gestos para indicar que Rattín havia sido expulso, mas o argentino não entendeu e negou-se a sair de campo.

Inspirado nas cores do semáforo — amarelo para reduzir velocidade e vermelho para parar —, o chefe dos árbitros na Copa de 1970, o inglês Keen Aston, teve a ideia de usar cores para sinalizar as penalidades. Antes disso, os árbitros usavam apenas o apito, voz e gestos para fazer as marcações.

10) Primeiro clube de futebol do Brasil
A prática do futebol no Brasil foi realizada, pela primeira vez, pelo São Paulo Athletic Club, time formado por colonos ingleses, em 1888. No entanto, o clube de futebol mais antigo e que ainda está em atividade no Brasil é o Sport Club Rio Grande, fundado em 19 de julho de 1900. Em homenagem à equipe, a data também foi escolhida como Dia Nacional do Futebol.

11) O jogo com 22 expulsos
O maior número de expulsões já visto em uma partida de futebol brasileira ocorreu entre Portuguesa-SP e Botafogo-RJ pelo torneio Rio-São Paulo de 1954. Foram 22 jogadores expulsos depois de uma briga entre as duas equipes.

12) Recorde de gols
Pelo campeonato escocês, em 1885, o Arbroath goleou o Bon Accord por 36 a 0. A goleada poderia ter sido maior, já que sete gols do Arbroath foram anulados, pelo árbitro, por impedimento.

Na era do profissionalismo, uma partida tornou-se histórica por quebrar recordes mundiais e evidenciar um desiquilíbrio de seleções que acontecia na Oceania. Pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002, a Austrália enfrentou a Samoa Americana, em 11 de abril de 2001, e venceu pelo placar de 31 a 0. O resultado foi reconhecido como o de maior vitória em uma partida internacional de futebol.

Em consequência do desequilíbrio entre a Austrália e outras seleções da Oceania, a Austrália foi convidada, em 2005, a participar das eliminatórias asiáticas.

13) Primeiro jogo no Brasil
Charles Miller, que havia trazido as primeiras bolas de futebol para o Brasil, trabalhava na empresa São Paulo Railway, responsável pela estrada de ferro Santos-Jundiaí, e ensinou os funcionários a jogarem o futebol. Em 1895, ele reuniu funcionários da sua empresa com os da Gás Company, responsável pela iluminação da cidade de São Paulo, para a disputa de uma partida. Não se sabe quais jogadores marcaram os gols, mas o placar terminou em 4×2 para a equipe da São Paulo Railway. O jogo é considerado o primeiro a ser realizado no Brasil.

14) Maior público
Brasil e Paraguai foram os responsáveis pelo maior público, 183.341 pagantes, em uma partida de futebol no Brasil. O jogo foi válido pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1970 e realizado no Estádio do Maracanã, em 31 de agosto de 1969.

16) O jogador mais velho na Copa
O goleiro do Egito El Hadary é o jogador mais velho a ter disputado uma Copa do Mundo. Ele bateu o recorde ao entrar em campo contra a Arábia Saudita, aos 45 anos, 5 meses e dez dias, na Copa da Rússia, em 2018. Anteriormente, o recorde era do também goleiro Mondragón, da Colômbia. Em 2014, ele disputou a Copa do Brasil com 43 anos e 3 meses.

17) O jogador mais novo a vencer uma Copa
O jogador mais novo a vencer uma Copa foi Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Com apenas 17 anos, Pelé foi campeão do mundo em 1958. Conhecido como o Rei do Futebol, Pelé detém ainda o recorde do jogador mais novo a marcar em Copas do Mundo, com um gol em cima do País de Gales.

18) A Rainha do Futebol
Se o Rei do Futebol é brasileiro, a Rainha também é. A maior jogadora de futebol é a brasileira Marta, eleita a melhor do mundo por seis vezes. Ela e o argentino Messi são os jogadores mais vezes eleitos melhores do mundo.

19) Água “batizada”
Um dos casos mais famosos de rivalidade entre seleções aconteceu com Brasil e Argentina nas oitavas de final da Copa de 1990. Durante a partida entre as equipes, o jogador brasileiro Branco teria aceitado uma água do técnico argentino, que, segundo o jogador Maradona, continha sonífero.

20) Pernas tortas
Considerado um dos melhores dribladores de todos os tempos, Garrincha tinha a coluna deformada, pernas arqueadas e uma perna 6 cm maior do que a outra.

21) O juiz fugiu!
Na Copa do Mundo de 1962, no Chile, o Brasil jogou a semifinal contra a seleção-sede. Garrincha foi expulso depois de uma falta grave no chileno Eladio Rojas e, por isso, não poderia jogar a final. No entanto, a súmula (relatório final do jogo) não constava a expulsão de Garrincha.

O bandeirinha, que havia dado a ordem de expulsão do jogador brasileiro — na época isso era possível —, voltou para o Uruguai, seu país de origem, sem dar esclarecimentos sobre a súmula. Assim, Garrincha pôde jogar a final após ser absolvido em um julgamento realizado pela Fifa. Não se sabe ao certo o motivo do sumiço do bandeirinha, mas a versão mais divulgada é a de que ele teria recebido dinheiro da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atual Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

22) Quem ganhou os maiores títulos
Muitas vezes chamado de “Rei dos Dribles”, o brasileiro Ronaldinho Gaúcho é o único jogador da história do futebol a conseguir faturar a Copa do Mundo, a Liga dos Campeões, a Copa Libertadores, além de ter sido eleito melhor jogador do mundo pela Fifa. Aos 13 anos, ele marcou 23 gols em uma partida, e esse foi o momento em que ficou conhecido pela mídia e olheiros.

23) Expressões do futebol
Além de todas as curiosidades e histórias inusitadas que envolvem o futebol, outra característica interessante do esporte são os apelidos, termos, gírias e expressões criados pelos próprios torcedores ou jogadores para referirem-se a uma jogada ou a outros lances do futebol. Conheça alguns dos mais usados:

Bicicleta: lance em que o jogador acerta um chute no ar de costas para o gol, dá uma “pedalada” no ar e acerta a bola.

Carrinho: quando o jogador tenta tirar a bola do adversário chegando por baixo com uma espécie de um “escorregão”.

Catimba: ações dos jogadores para atrasar um jogo (cair no chão, demorar a sair do campo, atraso para bater uma falta etc.).

Caneta: lance em que um jogador passa a bola no meio das pernas de outro jogador.

Chaleira: lance em que o jogador chuta a bola, e a perna que efetua o arremate fica cruzada atrás do pé de apoio.

Chinelinho: jogador que se machuca constantemente e é visto sempre no departamento médico, muitas vezes de chinelo.

Cone: jogador que não se movimenta em campo.

Chapéu, lençol ou boné: quando o jogador consegue passar a bola por cima da cabeça de outro e a pega do outro lado.

Corneteiro: torcedor que geralmente só critica o time e os jogadores.

Drible da vaca: momento em que o jogador chuta a bola pelo lado do adversário, passando pelo lado contrário e a pegando na frente.

Fazer cera: enrolar para repor a bola, fingir uma lesão e ganhar tempo no jogo.

Ficar na banheira: quando o jogador fica só esperando a bola chegar nele, no ataque, para fazer o gol, sem voltar para ajudar na marcação.

Firula: jogadas enfeitadas, cheias de dribles, brincadeiras com a bola sem intuito de fazer o gol.

Gol do meio da rua: quando o gol é marcado por meio de um chute de longa distância.

Frango: momento em que o goleiro leva um gol facilmente defensável.

Onde a coruja dorme: ângulo do gol entre as traves vertical e horizontal.

Pipoqueiro: é o jogador que foge das jogadas mais duras para não correr o risco de contusão ou que falha nas horas decisivas.

Por Giullya Franco/Uol
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