Digoreste é um adjetivo impregnado da alma e do sotaque cuiabano, usado para exaltar algo ou alguém de excelência indiscutível. Não é apenas “ótimo” ou “bom”; é um termo que carrega a força do orgulho regional, um elogio caloroso e sincero, como o abraço de quem vive sob o sol de 40 graus cuiabano.
Digoreste vai além do comum. Quando se diz que “o guri é digoreste pra pegá manga”, não se fala apenas de habilidade, mas de um domínio quase artístico, uma maestria que beira o espetacular. É um reconhecimento popular e afetuoso, que traduz o que há de melhor em pessoas, situações ou objetos.
Seu uso é versátil: pode-se dizer que uma comida típica, como a mojica de pintado, é digoreste; que um pôr do sol refletido no Rio Cuiabá é digoreste; ou mesmo que alguém que dança o cururu e o siriri com paixão e talento é, sem dúvida, digoreste.
O termo sintetiza a vivacidade e a singularidade de um modo de falar que é, por si só, um patrimônio cultural. Em essência, ser digoreste é ser excepcional à luz dos olhos cuiabanos, com a força de quem vive a tradição com a alma ‘tcheia‘ de história.