Você sabia que em todos os grandes eventos e jogos realizados em Cuiabá tem uma estrutura montada com representantes do Sistema de Justiça e das Forças de Segurança para atender as vítimas e assegurar a responsabilização das pessoas que cometerem atos de violência, importunação sexual, entre outras práticas passíveis de punição? Nesta quinta-feira (12), durante entrevista do projeto Diálogos com a Sociedade, realizada no estúdio bolha do Shopping Estação, o promotor de Justiça André Luis de Almeida e a juíza Patrícia Ceni explicaram como funciona e como as pessoas podem ter acesso a esse atendimento.
Na Arena Pantanal, a unidade de atendimento do Juizado do Torcedor está localizada no setor norte, logo abaixo da torcida visitante, no terceiro andar. Durante os eventos, o número de denúncias que chegam às autoridades ainda é pequeno, mas nem por isso o Juizado deixa de exercer o seu trabalho. Iniciativas de âmbito coletivo para garantir a segurança e a proteção dos participantes têm ganhado cada vez mais força.
Entre as ações já realizadas, a magistrada destacou que a Arena Pantanal foi a primeira do país a ter o sistema de reconhecimento facial do Vigia Mais, que possibilita a identificação das pessoas com mandados de prisão em aberto. O promotor enfatizou que um Termo de Ajustamento de Conduta celebrado pelo Ministério Público garantiu a numeração dos assentos nos bilhetes para acesso à Arena.
“Nós temos que forçar esse entendimento. É a partir do respeito ao assento, que se começa a respeitar tudo mais. Já tivemos o descumprimento desse TAC e detectamos 18 infrações com aplicação de R$ 36 mil em multas, que foram revertidas para realização de uma campanha de sensibilização em torno do assunto”, informou o promotor de Justiça.
“A educação permeia tudo e a gente precisa dessa educação, inclusive no momento de você escolher o seu lugar e de você permanecer nele, como um ponto central, pois a partir daí outras pequenas confusões são evitadas, a partir do momento em que você respeita e tem empatia pelo próximo”, acrescentou a juíza.
Segundo ela, teve uma partida em Cuiabá em que a equipe ficou até as três horas da manhã fazendo audiência com integrantes de uma determinada torcida. “Eram 60 pessoas na caravana e três foram punidas por uso de sinalizadores”, lembrou. Nesse caso, os envolvidos ficaram sem poder ir ao estádio por seis meses, e além disso tiveram que ir a uma delegacia ou local específico duas horas antes ou depois do jogo.
Assista aqui à íntegra da entrevista.
Fonte: Ministério Público MT – MT