Reconhecido como o escritor de maior versatilidade de sua época e, até hoje, um dos mais profícuos mato-grossenses na literatura, José Barnabé de Mesquita (Diamantino – MT, 7/03/1855 – Cuiabá – MT, 22/06/1961) ficou órfão na juventude e, para se manter enquanto estudava, prestava serviços gerais no comércio de Diamantino. Com a mudança para Cuiabá deu sequência aos estudos no Liceu Salesiano São Gonçalo, onde completou o curso de Ciências e Letras, em 1907. Determinado a formar-se advogado, rumou para o Sudeste, ingressando na Faculdade de Direito de São Paulo (SP).
Jornalista, contista, cronista, romancista e poeta, dividia-se em multifacetadas áreas literárias. A veia para escrita manifestou-se inicialmente na coluna Notas Paulistas, publicada no jornal O Comércio, sob a direção de Estevão de Mendonça. À época, a filosofia europeia de livres pensadores do paradigma agnóstico fascinava, por pouco tempo, o autor de sólida formação católica.
Com menos de 30 anos de idade já havia assumido a presidência do então Centro Mato-grossense de Letras, futura Academia Mato-grossense de Letras (AML). Esteve à frente da instituição por 40 anos, da fundação em 1921 até 1961, data de sua morte. É reconhecido como o escritor de maior versatilidade de sua época e, até hoje, um dos mais profícuos mato-grossenses na literatura.