Professora e poetisa, Maria de Arruda Müller (Cuiabá-MT, 9/12/1898 — Cuiabá-MT, 4/12/2003) participou ativamente na política, educação, literatura e cultura regionais. Diplomada pela Escola Normal Pedro Celestino, ingressou no magistério aos 16 anos, como auxiliar, e só deixou as salas de aula aos 96, por questões de saúde. Integrou o grupo feminino que criou o Grêmio Literário Júlia Lopes e que, por quase meio século, veiculou a revista A Violeta.
Na década de 1930, ao lado de outras companheiras, deu início a um movimento em prol do voto feminino, ocasião em que conclamou as mulheres mato-grossenses a se inscreverem como eleitoras. Fundou ainda o Abrigo dos Velhos e das Crianças de Cuiabá e a Sociedade de Proteção à Maternidade e Infância de Cuiabá. Em 2002 foi reconhecida pelo Ministério da Educação como “A Professora do Brasil”.
Sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT) e membro da Academia Mato-grossense de Letras (AML), publicou, em 1972, Família Arruda, Cuiabá ao Longo de 100 anos, em parceria com Dunga Rodrigues e, em seu centenário de vida, Sons Longínquos. Além disso, colaborou com diversos jornais de Mato Grosso, como O Cruzeiro e A Cruz, e também com revistas regionais e nacionais.