Há aproximadamente 30 anos Cuiabá ganhava a escultura de uma das personagens femininas mais icônicas de sua história. Pelas mãos do artista plástico Haroldo Tenuta, Maria Taquara, representada em bronze, era fixada na praça que leva seu nome, no centro da Capital. Pesquisadores divergem quanto à origem do apelido da lavadeira. Uma das teorias o relaciona à sua altura e magreza.
Famosa por desafiar os padrões sociais da época, Maria Taquara foi, possivelmente, a primeira mulher a usar uma calça comprida em Cuiabá. Embora sua história seja incerta, relatos dão conta de que, para além da rotina de lavar roupas, era também motivo da punição de soldados do 16º Batalhão de Caçadores, que pulavam o muro do quartel para encontrar com a mulher num barracão aos fundos.
Entre as décadas de 30 e 40, sua família, oriunda da zona rural de Nossa Senhora do Livramento. Quando o pai morreu, a mãe se mudou com ela e uma irmã para Cuiabá, mas não se adaptaram à cidade. Maria Taquara, contudo, começou a construir um casebre de pau a pique com dois cômodos e resolveu ficar na capital, sozinha. Foi restaurada por Fred Fogaça em 2009 e, mais recentemente, em 2019.