Psicóloga aborda sinais de alerta e orienta sobre acolhimento

Sofrimento, isolamento, choro desmotivado, desesperança, vontade de sumir, de sair andando sem rumo e direção são sinais que podem servir de alerta para a existência de algum problema com a saúde mental. O aviso foi dado nesta quarta-feira (18) pela psicóloga Luciana Kalix em entrevista concedida à Rádio CBN Cuiabá, como parte da campanha lançada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso com o tema “Saúde Mental também é Saúde”.

Segundo a psicóloga, que integra o Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho – Vida Plena do MPMT, a orientação é para que as pessoas que estão com esses sinais procurem ajuda em uma unidade básica de saúde. “É preciso entender que problema de saúde é um adoecimento e que a pessoa precisa buscar a ajuda de um profissional. A Unidade do Programa de Saúde da Família (PSF) é a porta de entrada para a pessoa que está com algum tipo de sofrimento e angústia”, afirmou.

Ao ser indagada por um ouvinte sobre o processo de negação da doença, Luciana Kalix explicou que cada pessoa reage de um jeito e que é preciso respeitar e aceitar o tempo de cada um. “O importante é buscar profissionais da área para avaliar se o que você está sentindo é algo que possa indicar a existência de algum transtorno”, orientou.

A psicóloga explicou que a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS). Esclareceu que o fluxograma de atendimento começa na unidade do PSF. “Se o médico que atua na unidade básica de saúde verificar a necessidade de um tratamento, ele fará o encaminhamento para a atenção secundária. Em situações de crise a orientação é para que procure uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)”.

A entrevistada tratou ainda sobre os atendimentos realizados pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Explicou que, ao contrário do que acontecia nos manicômios, também conhecidos como hospitais psiquiátricos ou hospícios, nos CAPS o atendimento é totalmente diferenciado. “Os CAPS contam com equipes multidisciplinares que tratam a pessoa de forma integral. Esses locais não são para internação, é um modelo que veio para substituir os manicômios”.

A psicóloga também fez um breve relato sobre o trabalho desenvolvido pelo MPMT na promoção da qualidade de vida de seus integrantes no ambiente de trabalho. Disse que, além das campanhas de sensibilização, o Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho realiza três vezes por semana ginástica laboral com seus integrantes, faz intervenções individuais e também atua na construção de políticas institucionais no enfrentamento à violência laboral, promoção da equidade de gênero, entre outros temas.

Cama de Gato – O bate-papo, que também contou com a participação da jornalista e artista plástica Michelle Diehl, trouxe vários exemplos práticos. A partir da sua vivência com a bipolaridade, a jornalista, que também é uma das autoras do livro Cama de Gato, falou sobre suas experiências.

Segundo ela, o Cama de Gato traz a sua história e foi publicado com a intenção de ajudar a outras pessoas. “O livro surgiu de uma conversa com a professora e historiadora Cristina Soares. Mostro de forma clara como a arte terapia mudou a minha vida”, observou.

Acesse aqui a entrevista na íntegra.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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