Ex-sem-terra que, nos acampamentos, descobriu-se escultor ao entalhar pedaços de troncos e galhos caídos, Roberto de Almeida(Poxoréu – MT, 1964 – Cuiabá – MT, 2015) é considerado como um dos mais importantes artistas populares brasileiros revelados na década de 1990. Muda-se para Cuiabá em 1993 e, na sequência, participa das edições do Salão Jovem Arte Mato-grossense de 1997, 1998 e 2003, sendo premiado em todos estes anos.
Integrou, dentre outras, exposições coletivas no Museu de Arte e Cultua Popular da Universidade Federal de Mato Grosso (MACP/UFMT) e na Galeria de Arte Mato-grossense, realizada na Casa Cor, ambas no ano 2000. O trabalho é conhecido pelo senso de proporção e síntese, ressaltando-se também a desenvolvida capacidade de desenvolver formas e movimento.
Ao longo da carreira, dedicou-se a uma única temática: a fauna. A partir da observação dos animais, o escultor e artesão os reproduzia com numeroso repertório de soluções técnicas, tatus, tamanduás e outros, representando-os com originalidade e bom humor. Roberto faleceu em 2015 e, atualmente, suas peças ainda são disputadas por colecionadores de todo o país.