
A juíza Renata do Carmo Evaristo Parreira, membro da Comissão de Acessibilidade do Tribunal de Justiça de Mato Grosso acompanhou o evento e destacou a iniciativa da instituição em promover uma roda de conversa e promover a inclusão de pessoas neurodiversas no ambiente de trabalho e na sociedade.
“Muitas vezes, as pessoas já passaram por muitos episódios de bullying e sofrimento até conseguir entender que o seu comportamento é reflexo de um transtorno. Por isso, conscientizar e sensibilizar os servidores também é uma forma de promover a inclusão”, explicou a magistrada.

“Para mim, falar sobre o TEA é uma missão. A gente precisa combater o preconceito e a gente só consegue combatê-lo através de mais informação e mais acolhimento. Eu fui diagnosticado aos 44 anos e a minha filha aos 7 anos de idade. Receber esse laudo foi como retirar um fardo das minhas costas. Há muitas situações em nossa vida que a gente não entende porque você age dessa maneira. Às vezes, eu agia com impulsividade e hoje eu entendo que essas reações não adequadas e que são consideradas incorretas acontecem por causa do autismo”, disse Washington.

Além disso, explicou que o TEA é um transtorno heterogêneo, podendo atingir pessoas dos sexos masculino e feminino, possui múltiplas manifestações clínicas e que não há um padrão específico de herança genética, o que significa que vários genes são responsáveis pelo aparecimento do transtorno.
“Quanto mais conhecimento a gente puder proporcionar para as pessoas relacionados aos quadros neurológicos de pessoas que tenham o transtorno do espectro autista, a gente consegue reconhecer os sintomas precocemente, entender a dor dessas pessoas e a gente pode se colocar à disposição e ajuda-los para que a gente possa ter um convívio mais harmonioso”, ponderou o neurologista.

“Neuropsicólogos e neurologistas trabalham em sintonia. Somente depois de todos os teste e consultas necessárias que o diagnóstico é fechado. Por isso, estar aqui, neste espaço é muito importante para sensibilizar as pessoas sobre a necessidade de um corpo clínico para avaliar as pessoas que podem estar no espectro”, pontuou a psicóloga.
#Paratodosverem
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição de imagem: Foto 01: Seis pessoas em pé, posando para a foto. São quatro mulheres e dois homens. Foto 02: Homem fala ao microfone, ele é o servidor Washington, um homem de pele preta, cabelos curtos e que usa uma camiseta azul, com mangas que possuem quebra-cabeça coloridos e com os dizeres: “Autismo. Incluir, aprender, amar”. Ele também está usando os cordões de girassol (que significa deficiência oculta) e o cordão de quebra-cabeça (que significa pessoa com transtorno do espectro autista). Foto 03: médico neurologista José Alexandre Junior fala ao microfone e expõe um slide com o símbolo do autismo, o laço de quebra-cabeça. Ao lado do laço está escrito “Autismo” e “Dr. José Alexandre de Figueiredo Junior, neurologista”. Foto 04: Psicóloga Giany Ghattas fala ao microfone. Ela é uma mulher de pele clara, cabelos longos, usa uma camisa verde de tom claro e um relógio dourado.
Laura Meireles / Foto: Ednilson Aguiar
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT