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Mato Grosso é desmembrado de São Paulo

A história da Capitania de Mato Grosso remonta aos desdobramentos do Tratado de Tordesilhas (1494), que atribuíra o território ao domínio espanhol. Entretanto, a ação dos bandeirantes paulistas no interior do Brasil provocou a exploração da região, vinculando-a à Capitania de São Paulo. Esse movimento consolidou-se com a descoberta de ouro, evento que atraiu um intenso fluxo migratório, fomentando a formação de núcleos urbanos ao redor das áreas de mineração.

O crescimento demográfico trouxe desafios logísticos, especialmente no abastecimento de mantimentos e insumos, o que impulsionou as Monções, expedições fluviais que conjugavam esforços colonizadores e comerciais, desbravando rios e interligando territórios.

Em 9 de maio de 1748, uma Carta Régia desmembrou a Capitania de Mato Grosso da Capitania de São Paulo, instituindo-a como unidade administrativa autônoma. Suas fronteiras orientais foram fixadas, mas o território ocidental, onde se localizavam áreas sob domínio espanhol, permaneceu indefinido. Essa indefinição gerou preocupações explícitas em outra Carta Régia, expedida em janeiro de 1749, especialmente quanto à navegação e pesca no estratégico Rio Guaporé.

A liderança da nova capitania foi confiada a dom Antônio Rolim de Moura Tavares, nomeado Governador e Capitão-Geral em 22 de setembro de 1748. Após assumir o cargo em 1751, Rolim de Moura fundou, em 19 de março de 1752, a Vila Bela da Santíssima Trindade, planejada como a sede do governo e situada à margem direita do Rio Guaporé. A vila tornou-se o símbolo da administração colonial e da defesa do território frente às ameaças estrangeiras.

Com a Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, a Capitania de Mato Grosso foi elevada à condição de Província do Império Brasileiro, adaptando-se ao novo contexto político nacional.

Ao longo de sua existência, a Capitania de Mato Grosso foi governada por figuras de destaque, que desempenharam papéis centrais na consolidação do território e no enfrentamento das adversidades fronteiriças. Entre os governadores e capitães-gerais, destacam-se:

  • Dom Antônio Rolim de Moura Tavares
  • Tenente Coronel João Pedro da Câmara
  • Luís Pinto de Souza Coutinho
  • Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres
  • João de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres
  • Caetano Pinto de Miranda Montenegro
  • Manoel Carlos de Abreu Menezes
  • João Carlos Augusto D’Oeynhausen de Gravenbourg
  • Francisco de Paula Magessi Tavares de Carvalho

Esses líderes enfrentaram desafios variados, desde disputas territoriais com a Espanha até a estruturação administrativa e social de uma região remota, consolidando as bases da futura província que se tornaria essencial para a integração do território nacional.

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