A expressão “sem eira nem beira” tem origens distintas, mas ambas refletem a ideia de desamparo ou falta de recursos. No contexto rural, “eira” é o terreno ao ar livre onde os fazendeiros espalham os grãos para secá-los ao sol. “Beira” é a extremidade dessa área, portanto, uma fazenda “sem eira nem beira” era aquela em que o vento levava os grãos, deixando o proprietário sem nada, simbolizando a total falta de recursos ou sucesso.
Na região Nordeste e entre os cuiabanos, a expressão ganha uma explicação diferente, ligada à construção das casas. Antigamente, as residências das famílias mais abastadas tinham telhados compostos por três partes: a “eira”, a “beira” e a “tribeira”, enquanto as casas dos mais pobres eram simples, com apenas uma fileira de telhas, ficando sem “eira nem beira”. Nesse caso, a expressão indica uma situação de miséria ou escassez, associando a falta de um telhado adequado à falta de condições financeiras. Ambas as versões da expressão revelam um cenário de privação e vulnerabilidade.
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