Beco do Urubu

O Beco do Urubu era um trecho da rua Comendador Henrique, anteriormente conhecido como Beco da Lavrinha, que se estendia desde o seu cruzamento com a avenida Dom Aquino (antiga Rua dos Pescadores, mais tarde renomeada Rua Nova) até a avenida Tenente-Coronel Duarte, hoje conhecida como Prainha. Localizado na proximidade do Centro de Cuiabá, esse beco, por ser uma área desabitada e pouco desenvolvida, acabou se tornando um local abandonado e esquecido, onde moradores de regiões vizinhas depositavam lixo e resíduos, criando um cenário propício à proliferação de urubus. Com o tempo, a grande concentração dessas aves carniceiras, atraídas pela abundância de restos de comida e lixo, deu origem ao nome popular de Beco do Urubu. Esse apelido, que refletia a imagem negativa do lugar, acabou se consolidando como uma marca da região. Além da forte presença dos urubus, o local era caracterizado pela precariedade e abandono, o que fez com que ficasse associado, por muito tempo, a uma imagem de degradação urbana. O Beco do Urubu tornou-se, assim, um ícone de um passado negligenciado, refletindo uma Cuiabá de tempos difíceis e um retrato de áreas periféricas que careciam de atenção pública. Photographias é um projeto cultural de pesquisa da central de documentação de dados do Almanaque Cuyabá. A iniciativa visa resgatar imagens históricas da cidade homônima. As ilustrações selecionadas nesta Categoria são, em sua grande maioria, de domínio público; outras, creditadas à fotógrafos, editores, colecionadores, instituições e a plataformas digitais congêneres. (texto adaptado/Cuiabá da tchapa e da cruz/Tenuta, José Augusto).
Beco Cabo Agostinho

O Beco Cabo Agostinho tem início no antigo “Larguinho”, nome atribuído à bifurcação da rua Ricardo Franco com o Beco Torto (atualmente Rua 21 de Abril), seguindo em direção à rua 7 de Setembro. O nome do beco homenageia o Cabo Agostinho, que, conforme relata o livro Ruas de Cuiabá, de Rubens de Mendonça, foi um dos responsáveis pelo serviço de correios entre Cuiabá e a Corte. A informação foi compartilhada pelo professor Ezequiel Pompeu Ribeiro de Siqueira, um renomado intelectual cuiabano, autor da letra do Hino a Cuiabá, composto em 1962. A figura do Cabo Agostinho, inserida na história do serviço postal e na vida cotidiana da cidade, perpetuou-se no nome deste beco, que, ao longo do tempo, tornou-se um marco da memória urbana de Cuiabá. Photographias é um projeto cultural de pesquisa da central de documentação de dados do Almanaque Cuyabá. A iniciativa visa resgatar imagens históricas da cidade homônima. As ilustrações selecionadas nesta Categoria são, em sua grande maioria, de domínio público; outras, creditadas à fotógrafos, editores, colecionadores, instituições e a plataformas digitais congêneres. (texto adaptado/Cuiabá da tchapa e da cruz/Tenuta, José Augusto e Ruas de Cuiaba/Mendonça, Rubens de).
Beco Sujo ou Beco do Cotovelo

O Beco Sujo, também conhecido como Beco do Cotovelo, recebeu oficialmente a denominação de Rua Tufic Affi, por decisão da Câmara Municipal de Cuiabá. Contudo, o novo nome não se popularizou, e a via continua a ser chamada por suas antigas designações, carregadas de história e simbolismo. Este beco singular inspirou o renomado poeta corumbaense Lobivar de Matos, que nele encontrou cenário e emoção para compor seu célebre poema Beco Sujo. Em um dos versos mais marcantes, Lobivar descreve: “O vento está soprando o único lampião que ainda continua aceso”, capturando a atmosfera melancólica e quase fantasmagórica do lugar. Carregando o peso das tradições e das memórias da cidade, o Beco Sujo permanece um marco cultural e poético em Cuiabá, uma testemunha silenciosa das transformações urbanas. Photographia é um projeto cultural de pesquisa da central de documentação de dados do Almanaque Cuyabá. A iniciativa visa resgatar imagens históricas da cidade homônima. As ilustrações selecionadas nesta Categoria são, em sua grande maioria, de domínio público; outras, creditadas à fotógrafos, editores, colecionadores, instituições e a plataformas digitais congêneres.
Beco da Lama: histórias e memórias de um símbolo cuiabano

Localizado no histórico bairro do Porto, o antigo Beco da Lama, hoje oficialmente chamado de Rua Comandante Soído, carrega em seu nome uma narrativa enraizada no cotidiano de Cuiabá. A origem do nome remonta ao período em que, durante a estação chuvosa, o trajeto do beco se transformava em um verdadeiro lamaçal, dificultando a circulação e marcando o imaginário local. Outra explicação para a denominação refere-se à presença de numerosos bordéis de baixo meretrício que ali prosperaram, tornando-se um ponto de encontro para viajantes, seringueiros, garimpeiros e trabalhadores eventuais, que buscavam entretenimento e descanso em meio às suas jornadas. O Beco da Lama tornou-se um símbolo carregado de significados, refletindo as adversidades naturais e os encontros que moldaram a cultura de Cuiabá, preservando as memórias de um passado que ainda enriquece o presente Photographia é um projeto cultural de pesquisa da central de documentação de dados do Almanaque Cuyabá. A iniciativa visa resgatar imagens históricas da cidade homônima. As ilustrações selecionadas nesta Categoria são, em sua grande maioria, de domínio público; outras, creditadas à fotógrafos, editores, colecionadores, instituições e a plataformas digitais congêneres. (texto adaptado/Cuiabá da tchapa e da cruz/Tenuta, José Augusto).