Vera e Zuleika: Pantanal, Cerrado e Amazônia

Zuleika Arruda é cuiabana, arte-educadora, bacharel em direito, professora universitária, cantora, compositora e artista plástica. Vera Baggetti, por sua vez, é carioca, arquiteta, mestra em educação patrimonial, professora universitária, cantora, compositora e artista plástica. Elas têm larga experiência em práticas arte-educativas e eco-culturais, aplicadas a inúmeros cursos, Workshops, talk-shows e palestras. Desde 1971, elas têm por objetivo sociocultural, pesquisar, divulgar, sensibilizar e estimular a preservação do Pantanal, Cerrado e Amazônia, biomas presentes em Mato Grosso. E tentar despertar nas pessoas, a busca pelo autoconhecimento, para os reais valores espirituais, da formação como ser humano. Participam ativamente dos movimentos de construção da cidadania, sensibilizando pessoas através da arte, com a criação de projetos, associações eco-culturais. Foram Consultoras do carnavalesco Joãosinho Trinta, por 20 anos, para assuntos da cultura popular brasileira, em especial a mato-grossense. Moraram por dois anos na Áustria, se apresentando em vários países da Europa e América Latina e em estados brasileiros.
Stanya Cavalcante: A voz cuiabana que conquistou o Brasil

Stanya Cavalcante, natural de Cuiabá, é uma cantora cuja trajetória musical começa a brilhar ainda na infância, aos sete anos, quando iniciou sua jornada artística como integrante da Cia Sinfônica. Desde muito jovem, seu talento se destacou, e aos 16 anos, decidiu aprofundar seus estudos em canto, dando um novo rumo à sua carreira. Sua versatilidade vocal e a busca por novas sonoridades a levaram a transitar de um estilo gospel, que foi sua base inicial, para outros gêneros musicais, sendo fortemente influenciada pelas icônicas Beyoncé e Lady Gaga. Isso a impulsionou a se apresentar em eventos variados, como casamentos e shows corporativos, onde rapidamente ganhou notoriedade e construiu uma sólida carreira. Em 2019, Stanya alcançou um marco importante em sua trajetória ao se destacar na televisão, chegando à final do programa The Four, da TV Record, apresentado pela carismática Xuxa Meneghel. Sua performance impactante cativou tanto o público quanto os jurados, consolidando sua imagem como uma artista de grande potencial. No ano seguinte, em 2020, a cantora foi uma das grandes revelações do The Voice Brasil, da TV Globo, onde conquistou a admiração dos jurados com sua presença de palco e técnica vocal refinada, marcando sua trajetória como uma das promessas da música brasileira contemporânea. Com uma carreira em ascensão, Stanya se firma como uma artista multifacetada, com uma voz única e uma capacidade de reinvenção que lhe garante um lugar de destaque no cenário musical nacional.
Sidnei Duarte, autor de ‘Espectro Pantaneiro’

Sidnei Duarte é músico, pesquisador e educador. Nasceu em São Paulo (SP), em 1973, e mudou-se ainda na infância para Cuiabá. Aprendeu a tocar guitarra, violão e harmonia no curso internacional de verão da Escola de Música de Brasília (DF). Graduado em Física pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é mestre e doutorando em Estudos de Cultura Contemporânea (ECCO) pela mesma instituição. Multi-instrumentista, gravou e tocou com grandes nomes da música instrumental brasileira, como: Toninho Horta, Nelson Farias, Carlos Malta, Celso Pixinga, Marcelo Maia, Sérgio Galvão, Ivan Lins, entre outros. Atualmente é músico da Orquestra do Estado de Mato Grosso onde toca Viola de cocho, professor de guitarra no Conservatório Dunga Rodrigues e no projeto Morada do Som. Lançou em 2015 seu primeiro CD instrumental “Espectro Pantaneiro” com composições próprias. Em 2016 participou do circuito Sonora Brasil, com o grupo Violas Singulares, em turnê nacional. No mesmo ano, integrou o Primeiro Festival Nacional de Cultura Popular/ Interculturalidades em Niterói, no Rio de Janeiro. Em 2018 lança CD com gravaçaõ de peças com viola de cocho e escaleta.
Lorena Ly, do premiado clipe ‘O Vento e a Flor’

A trajetória musical de Lorena Ly teve início nos festivais de música em Mato Grosso. Abriu shows em grandes palcos, como Délcio Carvalho e Zé Renato, Alcione e Alexandre Pires e homenageou Nelson Sargento, baluarte da Estação Primeira da Mangueira, com o Show “Lorena Canta Nelson” ao lado do Seu Nelson em um show emocionante na casa noturna Lapa 40º, centro antigo do Rio de Janeiro (RJ). No teatro Musical, participou da montagem do musical Ópera do Malandro, uma releitura de Chico Buarque e participou do musical infantil “A loja dos brinquedos encantados”. Na TV, foi caloura do Programa do Raul Gil, na Band, em 2010, e em 2012 participou do SBT quadro Mulheres que brilham, concurso de canto promovido pela Sony Music em parceria com a Bombril. Em 2015, passou pelo concorrido palco do The Voice Brasil. Já em 2016, lançou seu primeiro single nas plataformas digitais, e o clipe documentário “O vento e a flor”. O clipe foi premiado em 3 categorias no Festival Audiovisual de Belém (PA).Em 2018 iniciou uma temporada de três meses de show no Japão, levando a Música Popular Brasileira e o Jazz para ouvintes do mundo todo.
Karola Nunes: nostalgia regionalista nos arranjos

Graduada em Música, integrou diversos projetos musicais trabalhando do samba ao reggae, do baião ao maracatu. Um recorte do seu fazer musical é retratado no documentário “Contrato Musical” (2015), contemplado pelo Prêmio de Circulação SESC Amazônia das Artes (2016). Ainda em 2015 teve um vislumbre para sua carreira solo a partir da Mostra de Música do Sesc Mato Grosso, circulando com o show “Somos Som”. O mesmo show foi contemplado por edital de circulação da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso, garantindo também a gravação do seu primeiro álbum, “Somos Som”, com produção musical de Gustavo Ruiz. O disco provoca curiosidade ao somar uma nostalgia regionalista da cantora aos arranjos mais experimentais e dançantes do produtor. O álbum conta ainda com masterização do premiado Felipe Tichauer e o aDUBO sonoro do mestre Victor Rice, que além de comandar a mixagem do disco, dá o grave no baixo das faixas “Já é” e “Chorar”. Outras participações especiais reforçam a ponte Mato Grosso – São Paulo, o reggae “Chorar” traz o encontro das vozes de Karola, a rapper Pacha Ana (MT) e Curumin (SP).
João Reis: essência poética das temáticas românticas

O cantor, compositor e violonista João Reis João nasceu em Cuiabá (MT) e iniciou os trabalhos artísticos aos 13 anos. É professor de instrumentos de cordas e de composição e arranjo na Escola de Música Bateras Beat Cuiabá e, em 2019, representou o estado de Mato Grosso na III Mostra Nacional de Música da Sesc Escola de Ensino Médio, no Rio de Janeiro (RJ). Sob tutoria do professor Pio Toledo, que o ensinou muito sobre o meio musical, o cantor se encontrou com a Música Popular Brasileira (MPB) e descobriu um verdadeiro amor. Suas composições baseiam-se no dia a dia, com inclinação especial para as temáticas românticas. Em 2014 estreou seu primeiro show autoral e desde então fez lançamentos de EPs, singles e clipes. Já participou de diversos shows com a cantora e compositora, Ana Rafaela, dividiu o palco com Fernando Anitelli, fundador do Teatro Mágico, e fez a abertura do show do Lenine, no projeto “Vem Pra Arena”, em 2016. Realizou ainda vários trabalhos com teatro. Em 2019 lançou o single “Uma quase” em show no Cine Teatro Cuiabá e, em 2020 apresentou o seu último projeto: “Hábito”.
João Eloy, um doutor na música mato-grossense

Médico, cantor, compositor, escritor, artista plástico e empresário, João Eloy é um artista multifacetado. Nascido em Chapada dos Guimarães, mudou-se para Niterói (RJ) para cursar medicina, na Universidade Federal Fluminense (UFF) na década de 1970. À época participou de importantes festivais cariocas, junto a nomes como Aldir Blanc, Jerry Adriani, Ciro Monteiro, Moreira da Silva, Amelinha, João Bosco e Roberto Carlos. Professor de Medicina da UFMT, O cantor João Eloy gravou três discos: “Revivendo Cuiabá”, um disco independente, lançado em 1982, “Ensinamentos” um disco que contou com a participação do amigo Moreira da Silva, e “Veredas dos Confins em 1986”, um trabalho que contou com apresentação de outro amigo, Ney Matogrosso. Com a extinção do vinil, ele entrou na onda dos CDs com “Uma Festa na Chapada” em 93. No total, tem 20 discos gravados e seis livros publicados, incluindo “Chapada dos Guimarães da descoberta aos dias atuais” e “Poesias Giz dos Sentimentos”.
Pescuma, Henrique e Claudinho: trio revelação

A aliança musical entre Henrique, Claudinho e Pescuma teve início em 1989, quando o amigo comum Zezé Di Camargo sugeriu a união de talentos que viria a marcar profundamente o cenário da música brasileira. Formando o trio Pescuma, Henrique e Claudinho, essa parceria logo se destacaria, não apenas pela harmonia vocal, mas principalmente pela preservação e difusão das raízes culturais mato-grossenses. Com sua dedicação inabalável ao Rasqueado Cuiabano, um dos ritmos mais representativos de Mato Grosso, o trio tornou-se, com o passar do tempo, uma verdadeira embaixada da cultura local. Seu trabalho não se limita a uma mera representação musical, mas é uma expressão genuína de amor e respeito pelas tradições da região, que são celebradas com intensidade e autenticidade em cada acorde. Henrique, Claudinho e Pescuma são muito mais do que artistas, são verdadeiros guardiões de um legado musical que remonta às origens do povo cuiabano, e sua trajetória é marcada por sucessos que transcendem gerações. Com um repertório que mistura o folclore e a modernidade, o trio conquistou corações e se tornou símbolo de resistência e paixão pela cultura regional. Sua obra é um testemunho do poder da música como veículo de memória e identidade, sendo aclamado como um dos maiores nomes da música mato-grossense e um ícone da música brasileira.