Fernando Tadeu: cenário econômico, político e social

Atuante pesquisador de História e Literatura, Fernando Tadeu de Miranda Borges (Cuiabá –MT, 1958) se difere em sua trajetória profissional e pessoal pela afeição às causas cuiabanas e mato-grossenses. Professor e escritor, formou-se em Ciências Econômicas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em 1980. É mestre em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorando em História Social pela mesma instituição. Em seus trabalhos viaja através do tempo, debruçando-se sobre fatos importantes para a constituição do cenário econômico, político e social local. São de sua autoria: Economia Brasileira: Posições Extremas (1991); Esperando o Trem: Sonhos e Esperanças de Cuiabá (2005); Prosas com Governadores de Mato Grosso (2007) e Do Extrativismo à Pecuária: algumas observações sobre a História Econômica de Mato Grosso (2010). É membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT) e da Academia Mato-grossense de Letras (AML). Na UFMT ocupou os cargos de coordenador da Editora Universitária (EdUFMT) entre 1992-1998 e de primeiro diretor da Faculdade de Economia, entre 2008 e 2012. É pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência da Universidade (PRCEV/UFMT) desde outubro de 2016.
Estêvão de Mendonça, auto de ‘Datas Mato-grossenses’

Nascido em Santo Antônio da Barra, distrito de Barão de Melgaço, Estêvão de Mendonça (Barão de Melgaço –MT, 25/12/1869 – Cuiabá – MT, 2/12/1949) era autodidata. Topógrafo, professor, advogado, historiador e escritor, não chegou a graduar-se formalmente em nenhuma universidade. A fome pelo conhecimento, contudo, o alçou a incontestável status de intelectual, um dos mais relevantes e conhecidos de Mato Grosso. Membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT), foi também o primeiro autor didático de História do Estado, tendo publicado Quadro Chorographico de Matto Grosso (1906) e Datas Mato-grossenses (1919). Suas habilidades foram elogiadas por Monteiro Lobato, de quem chamou a atenção pela grafia. O escritor o descreveu como um “diamante descoberto no coração do Brasil”. Estêvão de Mendonca faleceu em Cuiabá no dia 2 de dezembro de 1949 e hoje empresta seu nome à maior biblioteca mato-grossense, na Capital. Grande parte de sua produção, assim como a de seu filho, Rubens de Mendonça, foi doada pela família ao Arquivo da Casa Barão de Melgaço. Os documentos estão catalogados, digitalizados e à disposição de pesquisadores.