segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025
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Golpe de Estado derruba Goulart da presidência

O golpe militar de 1964 no Brasil resultou na deposição do presidente João Goulart, marcando o fim da Quarta República e o início da ditadura militar, que duraria até 1985. Em 31 de março, o general Olímpio Mourão Filho, comandante da 4ª Região Militar, proclamou contra Goulart e a “ameaça comunista”, recebendo apoio de outros comandantes militares. Setores civis, partidos como o PSD e UDN, e governadores como Carlos Lacerda e Adhemar de Barros também participaram da conspiração.

Após a queda de Goulart, em 48 horas, o Congresso elegeu o general Humberto de Castelo Branco presidente. O regime militar adotou atos institucionais para neutralizar a oposição, com a repressão crescendo em 1968, quando manifestações e greves foram duramente reprimidas. O deputado Márcio Moreira Alves provocou o regime, levando à edição do AI-5 em 13 de dezembro de 1968, que fechou o Congresso e ampliou os poderes do presidente, permitindo a censura, prisões e cassações em massa.

Em 1969, o general Emílio Garrastazu Médici assumiu o poder e aprofundou a repressão política. Durante os anos de chumbo, ao menos 144 pessoas desapareceram, 240 foram mortas pelo regime e 98 por grupos de esquerda. O AI-5 foi revogado apenas em 1978.

(O texto acima foi adaptado em publicação da Folha de S.Paulo do dia 30 de dezembro de 1999)

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