Olhar filosófico sobre decisões humanas é tema do programa Magistratura e Sociedade

Está no ar a 22ª edição do programa Magistratura e Sociedade, com uma entrevista com a professora de Filosofia Lúcia Helena Galvão, integrante da Escola Nova Acrópole Brasil. O programa é conduzido pelo juiz e professor de Filosofia da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT), Gonçalo Antunes de Barros Neto. Na conversa, eles falam sobre o olhar filosófico sobre as decisões humanas.
 
Voluntária há mais de 30 anos na Escola Internacional de Filosofia Nova Acrópole, palestrante, escritora, poetisa e roteirista, Lúcia Helena trouxe à tona diversas ideias e reflexões voltadas à melhoria do ser humano.
 
“O que a natureza espera de um homem é que ele atinja uma elevação de consciência que lhe permita captar valores, virtudes e sabedoria, ou seja, o ápice humano é a figura arquétipa do sábio. Então se existe essa premissa dentro da natureza, isso significa que não nascemos como tábula rasa. Nascemos com determinadas expectativas da natureza, que a condição humana, em si, possui. Não somos qualquer coisa, nascemos para sermos humanos e sentimos essa demanda dentro de nós quando não o alcançamos. Acredito que muito da angústia existencial que ao longo da história o homem sempre sentiu é essa natureza humana ansiando por marcar presença no mundo”, afirmou Lúcia.
 
Segundo ela, certas perspectivas e certas necessidades são inerentes à condição humana, por exemplo, a necessidade do bem. “Quando vemos uma pessoa que pratica muitos crimes, crimes hediondos, estamos dizendo que isso é desumano, porque nós sabemos que a condição humana é de uma maneira que é um estreito parentesco com a ideia do bem. A bondade é uma característica muito forte na condição humana. Enfim, se nós formos fazer uma conversa informal com qualquer pessoa, ela vai trazer um monte de coisas que ela espera de um ser humano, ninguém contou para ela, isso é um entendimento”, enfatizou.
 
“Seja lá o que for que você se propõe a fazer, seja ser engenheiro ou tocar violino, no final, através disso, você tem que se tornar um ser humano mais legitimamente bom, sábio, com as virtudes que te caracterizam como ser humano.”
 
 
O programa Magistratura e Sociedade é uma iniciativa promovida pela Esmagis-MT, com apoio da Coordenadoria de Comunicação do Tribunal de Justiça. A ação pedagógica tem o objetivo de ampliar o conhecimento de magistrados e magistradas em Ciências Sociais e estabelecer permanente e duradouro diálogo entre os juízes(as), desembargadores(as) e o mundo acadêmico, a fim de estimular a pesquisa e o estudo das ciências sociais e humanas. A iniciativa também visa humanizar os julgadores que são responsáveis por decidir cotidianamente a vida de cidadãos.
 
#ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Imagem 1: Print de tela onde aparecem a entrevista e o entrevistador. Ela é uma mulher branca, de cabelos castanhos ondulados, que sorri. Ele é um homem branco, de cabelos e barba escuros, que usa óculos de grau. Ao fundo, aparece uma estante com livros.
 
Lígia Saito 
Assessoria de Comunicação 
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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