Fixando residência em Rondonópolis, Alcides Pereira dos Santos (Rui Barbosa – BA, 1932 – São Paulo- SP, 2007) chega a Mato Grosso em 1950, fixando residência em Rondonópolis. Aos 18 anos muda-se para Cuiabá, onde desenvolve diversas atividades manuais. Pintor, barbeiro, sapateiro e pedreiro, começa a expressar-se artisticamente nos anos de 1970, quando passa a frequentar o Atelier Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso.
A partir daí participa de uma série de exposições coletivas e realiza outras individuais, como em 1973, no atelier de Augusto Rodrigues, Rio de Janeiro (RJ), e em 2007 na Galeria Estação, em São Paulo (SP), além de diversas outras cidades do Brasil. Possui ainda acervo no Museu Afrobrasil (SP), Museu de Arte de Goiânia (GO) e no Museu de Arte Popular do Centro Cultural de São Francisco, em João Pessoa (PB).
Representante do estilo naif, o artista leva para as telas a desconstrução na medida em que os meios de criação tornam-se fins, fazendo com que sua imagem produza um mimetismo que destrói o modelo, ao invés de preservá-lo. Na década de 1990 passa a viver em São Paulo (SP), onde falece em 2009. Alcides é considerado um inventor de formas e um dos mais importantes pintores primitivos brasileiros.