
“O que a sociedade mais clama é a conduta ética. Não se deixem contaminar! O valor monetário não pode sobrepor à ética. Em qualquer lugar, a regra da ética e a moral devem ser preservadas”, aconselhou o desembargador Paulo da Cunha, que irá se aposentar no dia 30 de agosto.
Após encerrar o ciclo de 22 anos no Ministério Público, o desembargador repete a marca e encerrará o ciclo no Poder Judiciário, com 22 anos de magistratura. Somados, são 44 anos de prestação de serviços ao Direito. Com a experiência, o desembargador recomendou que os futuros juristas mantivessem a humildade.
“Eu não nasci juiz, eu aprendi a ser juiz nesses 22 anos de casa, nos embates de ideias com os colegas. Compreendi que aprendia mais quando o meu voto era vencido do que quando era vencedor, pois nenhum juiz ganha ou perde uma causa. Ele precisa ser indiferente à causa, pois em cada processo há uma vida com sonhos”, orientou.

“Nunca pensei na magistratura, mas agora, acho que irei rever meus planos”, disse a acadêmica de Direito, que se emocionou com a recepção do magistrado. “Este é um momento de muita emoção para mim, porque no trajeto do curso enfrentamos muitas dificuldades e momentos como esses nos dão a certeza de que estamos no caminho certo. É fundamental termos a oportunidade de encontrar pessoas que têm um histórico, experiência e foco, para dar segurança aos nossos objetivos”, avaliou Ana Paula Belisário.
Para a professora de constituição e práticas jurídicas da Faculdade Católica Rainha da Paz, Edina Soares da Silva, o projeto tem um impacto positivo na carreira dos estudantes que já participaram da ação.

Projeto ‘Nosso Judiciário’ – O projeto “Nosso Judiciário” é voltado para estudantes universitários, principalmente do curso de Direito, e aos alunos da rede estadual do ensino médio. A finalidade é aproximar a sociedade do Poder Judiciário.
Para os alunos universitários, o projeto recepciona os estudantes na sede do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Eles conhecem a estrutura física e o funcionamento da 2ª instância. Participam de sessão extraordinária administrativa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e são acolhidos por um desembargador.
Iniciado em agosto de 2015, o projeto Nosso Judiciário já recepcionou 205 turmas de 43 faculdades. Já são 1.043 acadêmicos impactados pela ação.
#Paratodosverem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto 1: Des. Paulo da Cunha recepciona acadêmicos no espaço Memorial do Judiciário de MT. Ele é um homem de 77 anos, de cabelos brancos. Foto 2: A aluna Ana Paula concede entrevista à TV.Jus. Ela é uma mulher de cabelos escuros e usa um terno preto sobreposto a uma blusa de estampas geométricas. Ela sorri para a câmara. Foto 3: Imagem horizontal com um grupo de alunos alinhados. Ao centro está o des. Paulo da Cunha.
Priscilla Silva / Foto: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT