Entrevistado defende trabalho em rede para enfrentamento à violência

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso e a Rádio CBN Cuiabá encerraram, nesta quarta-feira (29), a série de entrevistas da campanha de enfrentamento ao abuso sexual e à violência contra crianças e adolescentes. Na última entrevista da série, o psicólogo e gerente de Enfrentamento à Violência Contra Vulneráveis da Polícia Judiciária Civil, João Henrique Magri Arantes, reforçou a importância da articulação intersetorial para enfrentamento à problemática.

“Não tem como pensar nesse enfrentamento fora do sistema de garantia de direitos, com esforços articulados”, sustentou. O entrevistado chamou a atenção para a necessidade da criação de redes de proteção nos municípios, com a participação dos CRAS (Centros de Referência da Assistência Social), CREAS (Centros de Referência Especializado de Assistência Social), unidades de saúde, hospitais, escolas, órgãos da segurança pública, conselho tutelar e as instituições que integram o sistema de justiça.

Nesse sentido, entre os exemplos de iniciativas que estão dando certo, ele destacou o trabalho realizado pelas redes de proteção em  Nova Mutum, Cuiabá, Várzea Grande e Barra do Garças. Na Capital, segundo ele, foi criada a Rede Protege a partir de uma iniciativa do Ministério Público, no ano de 2018. Desde então, instituições que atuam na área têm buscado alternativas para reduzir a revitimização de crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade, fortalecer a cultura do trabalho em rede e obter celeridade nas intervenções.

O psicólogo falou ainda sobre estratégias de prevenção à violência sexual. Em relação ao ambiente familiar, destacou a importância de se criar uma espécie de pacto para falar sobre sexualidade de forma clara, e também de cercar a criança de rotinas e de pessoas protetivas. Acrescentou ainda a necessidade de a escola falar sobre violência sexual, sobre o funcionamento da rede de proteção, direitos e serviços disponíveis às vítimas.

Assista aqui a entrevista na íntegra.

Outras entrevistas – Desde o início do mês, sempre às quartas-feiras, integrantes da rede de proteção abordaram a temática em um bate papo transmitido ao vivo, esclarecendo as dúvidas dos ouvintes, repassando orientações e informando sobre os serviços que são oferecidos às vítimas.

Também participaram do programa, o coordenador-adjunto do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Infância e Juventude, promotor de Justiça Leandro Túrmina; o promotor de Justiça da Infância e Juventude em Cuiabá, Henrique de Carvalho Pugliesi; e a juíza da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude da Capital, Gleide Bispo Santos.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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