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“Mais da metade dos meus processos envolve, de alguma forma, cobrança de dívidas e eu vejo muito desconhecimento das pessoas tanto sobre os direitos dela quanto o funcionamento da dívida, quanto tempo uma dívida dura e por quanto tempo elas podem ser cobradas por essa dívida”, destaca Patrick.
Na entrevista, o magistrado explica que a prescrição é um instituto que busca evitar que demandas fiquem eternizadas. “Muitas pessoas acham que elas podem pegar um empréstimo, passou cinco anos e o banco não vai mais poder cobrar delas. Só que não funciona assim. O que pode acontecer? Bom, o banco tem até cinco anos para ajuizar essa ação. Nesse meio tempo, ele vai negativar o nome da pessoa, vai fazer a cobrança administrativa e por aí vai. Mas depois que ele ajuíza a ação, aí o que está correndo não é mais a prescrição do direito de cobrar”, salienta.
Conforme o magistrado, a prescrição da dívida não significa que a pessoa, depois de cinco anos, fica isenta de cumprir com esse compromisso. “É um mito que muita gente acredita que, cinco anos depois, acabou a dívida. Eu tenho processo de execução de dívida que é da década de 90. O processo de execução pode durar muito mais de cinco anos.”
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição: Fotografia retangular e colorida. A imagem mostra o juiz Patrick Gapp sendo entrevistado. Ele é um homem branco, de cabelos e barba escuros, que veste camisa branca. Ao fundo, uma parede com a logomarca da Rádio TJ.
Lígia Saito
Assessoria de Comunicação
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)