Quais foram as cores da bolinha de futebol desde a antiguidade?

As bolas antigas eram brancas? Nada disso. No livro inglês “1001 football moments”, os autores Rob Wightman, Robert Lodge, Mike Hooley, Louis Massarella, Leo Moynihan e Sam Pilger contam que a bola de futebol branca foi usada pela primeira vez num amistoso entre o Arsenal, da Inglaterra, e o clube israelense Hapoel Tel Aviv no dia 19 de setembro de 1951, em Londres. Como muitas partidas começaram a ser disputadas à noite e os jogadores reclamavam não enxergar a bola de cor marrom em campo. Daí a mudança que foi acontecendo aos poucos. A Copa do Mundo de 1970, no México, foi a primeira em que a bola deixou de ser marrom. A Telstar, da Adidas, apareceu com um design revolucionário: 32 gomos, sendo 12 pentagonais pretos e 20 hexagonais brancos. Ela era usada também em jogos com a luz do dia.

 

ENTÃO COMO ERAM AS BOLAS ANTES DISSO?

Até então, as bolas mantinham a cor do couro com que eram feitas. Alguns modelos eram costurados por fora, outros eram bem rústicos. Um longo caminho precisou ser percorrido para chegarmos aos modelos atuais. Um costume medieval europeu era inflar bexigas de porco para que as crianças brincassem. As primeiras bolas foram feitas desse material coberto com couro para manter seu formato original. A parte interna é chamada de câmara. O americano Charles Goodyear patenteou o processo de vulcanização da borracha. A primeira bola feita com esse material apareceu em 1855. Ela era parecida com uma bola de basquete, com vários painéis de borracha colados pelas extremidades. Em 1862, o inglês Richard Lindon inventou uma das primeiras câmaras de borracha para bolas de couro.

[blockquote align=”none” author=”ALMANAQUE CUYABA”]No final do século 19, a maior parte das bolas já tinha câmara de borracha e pingava mais no chão.[/blockquote]

 

QUAL FOI O PRIMEIRO MODELO TRAZIDO PARA  BRASIL?

O modelo de bola trazido da Inglaterra pelo estudante paulista Charles Miller em 1894 era desse tipo. O exterior era de couro curtido e tinha uma costura aparente bem no centro. Os cordões machucavam a testa dos jogadores que tentavam cabecear. As bolas passaram a ter costura interna, deixando de ter cordões só nos anos 1940. Mesmo assim, em dias de chuva, o couro ficava encharcado, o que as tornavam extremamente pesadas. Depois da Segunda Guerra, tintas sintéticas começaram a ser usadas para proteger o couro da água.

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O Almanaque Cuyabá é um verdadeiro armazém da memória cuiabana, capaz de promover uma viagem pela história em temas como música, artes, literatura, dramaturgia, fatos inusitados e curiosidades de Mato Grosso. Marcam presença as personalidades que moldaram a cara da cultura local.

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