Rubens de Mendonça (Cuiabá, MT, 27 de julho de 1915 – 3 de abril de 1983) é uma figura proeminente na história cultural de Mato Grosso. Filho do também escritor Estêvão de Mendonça, destacou-se como poeta, historiador e jornalista, sendo amplamente reconhecido como o maior expoente da historiografia mato-grossense. Ao longo de sua trajetória, desempenhou ainda atividades como escriturário, avaliador judicial e professor de Língua Portuguesa.
Fundador e diretor de diversos jornais e revistas, deixou sua marca em publicações como Correio da Semana, O Estado de Mato Grosso, Correio da Imprensa e Diário de Cuiabá. Seu legado literário é extenso, com 38 obras publicadas, entre as quais se destacam: Aspecto da Literatura Mato-Grossense (1938), Álvares de Azevedo, o Romântico Sertanista (1941), No Escafandro da Vida (1946), Dom Pôr do Sol (1954), Roteiro Histórico e Sentimental da Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá (1954), Sagas & Crendices da Minha Terra Natal (1969) e Dicionário Biográfico Mato-grossense (1970).
Sua obra, que entrelaça poesia e historiografia, garantiu-lhe um lugar de honra no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT) e na Academia Mato-grossense de Letras (AML). Como forma de preservar e perpetuar sua memória, grande parte de sua produção — assim como a de seu pai — foi doada pela família ao Arquivo da Casa Barão de Melgaço, onde está catalogada, digitalizada e disponível para pesquisadores, consolidando sua contribuição inestimável à cultura e história de Mato Grosso.