Com o objetivo de contribuir para a educação e ressocialização dos recuperandos, a Vara de São Félix do Araguaia conseguiu a doação de 60 livros e 480 peças de roupas para serem entregues às pessoas privadas de liberdade da Cadeia Pública da comarca.
Segundo o juiz Luis Otavio Tonello dos Santos, que é também corregedor da unidade prisional, os livros foram doados por meio do Projeto Leitura que Transforma do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (GMF/TJMT) e irão compor a biblioteca da Cadeia.
“A cadeia, que atualmente conta com 47 detentos no regime fechado, já possui uma biblioteca, porém com poucos exemplares, então esta doação tem o intuito de incrementar o acervo. A leitura é uma forma de educação e um livro tem o poder de abrir a mente, expandir horizontes e incentivar a reflexão. Com isso, podemos conseguir uma mudança de pensamento do preso e sua ressocialização”, afirma.
Já as roupas foram fruto de apreensões de fiscalização de rotina feitas pela Receita Federal. Ao todo são 120 tênis, 120 camisas, 120 calças e 120 cuecas que serão doados no momento que o detento posto em liberdade.
“São duas ações diferentes com o mesmo propósito: fortalecer a reinserção social de reeducandos e reduzir a reincidência criminal. Seja incentivando a leitura ou proporcionando um vestuário. A vestimenta não pode ser uma barreira que ele precise transpor na busca pela equidade, inclusão, credibilidade e pertencimento nos ambientes de trabalho e no social”, pontua o magistrado.
O juiz complementa que outras ações são conduzidas pelo diretor da Cadeia Pública de São Félix do Araguaia, Jackson de Souza, Ministério Público de Mato Grosso, Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Fundação Nova Chance (Funac), Poder Judiciário entre outras entidades voltadas a educação e ressocialização dos detentos.
“Já existe todo um trabalho de reinserção social e o Poder Judiciário não poderia ficar de fora. Inclusive estamos estudando a possibilidade de implantação de um Escritório Social com o objetivo de promover condições de acesso das pessoas pré-egressas e egressas do sistema penitenciário, bem como seus familiares, às políticas públicas e sociais, como trabalho, educação, saúde, entre outros. Todas essas ações tem o intuito de fortalece esse ser humano, propiciando a ele mais chance de não voltar para a prisão, de não cometer novos delitos”, argumenta Luis Otavio Tonello.
Larissa Klein
Assessoria de Comunicação da CGJ-TJMT