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Guapo: pioneiro da vanguarda de Mato Grosso

Mais conhecido como Guapo, Milton Pereira de Pinho nasceu em 1951, em Cáceres, Mato Grosso. O pai era violeiro, um de seus tios era cantor, a avó paterna, pianista e o avô materno, cururueiro. A partir desta mistura deu-se sua formação musical, influenciada ainda pelos sons do Pantanal e pela vivência no meio popular, pelos bailes, festas de santo e outros festejos folclóricos. Com 18 anos começou a tocar violão e nunca mais parou. Além disso, manteve sempre proximidade com a pesquisa, pintura, literatura, cinema e poesia. Ao longo da década de 70 morou em Goiânia (GO) e depois no Rio de Janeiro (RJ), onde pesquisou o samba no morro do Estácio. Em 1976, mudou-se para São Paulo (SP), onde permaneceu até o ano de 1984. Participou ainda de diversos festivais e lançou vários CDs, além de um livro. Durante sua trajetória, pesquisou a música latino-americana e o rasqueado mato-grossense pelos países fronteiriços (Paraguai, Argentina e Bolívia). Em 1985, já em Cuiabá, começou a unir os conhecimentos com os músicos Vera e Zuleika e Marques Caraí, nascendo daí a ideologia musical, Vanguarda Nativista, que propõe pesquisa e autodeterminação para o novo canto da música local.

Gilmar Fonseca, de “Revivendo Cuiabá e Várzea Grande”

Trompetista, cantor e compositor, Gilmar Fonseca nasceu no bairro do Porto, em Cuiabá. O avô, João Marinho da Fonseca, é compositor do Hino de São Benedito e era mestre da Banda da Usina Itaici, da qual fazia parte. Sob a influência da música, sobretudo o rasqueado, Gilmar montou, aos 14 anos, sua primeira banda, chamada Os Brasinhas. A partir daí passa por diversos grupos entre as décadas de 70 e 80, como o Yankee Star, Los Bambinos, Cartão de Visitas e New Times, até chegar ao conjunto da famosa boate Sayonara. Em 1994 grava o primeiro CD, intitulado “Revivendo Cuiabá e Várzea Grande”. O trabalho, que consiste em uma coletânea de rasqueados, inclui o sucesso Casa de Capim, uma de suas músicas mais conhecidas. A composição passa a ser regravada por diversos cantores de Cuiabá e se firma como um clássico. Por meio dela, Gilmar viaja para o Rio de Janeiro (RJ), onde participa de um show com Erasmo Carlos na Marina da Glória. Para além de sua atuação musical, ele também apresentou um programa na televisão local, voltado aos estudantes. É ainda fisioterapeuta profissional e estudou Direito.

Estela Ceregatti, cantos, premiações e mostras

Estela Ceregatti é cantora, compositora, instrumentista e professora de canto. Graduada em Música pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é especialista em Antropomúsica e pós graduanda em Canto e Cantoterapia pela Faculdade Rudolf Steiner, de São Paulo (SP). Em 2017 venceu o Prêmio Grão de Música, em São Paulo (SP). Já em 2018, foi premiada com o  Profissionais da Música (Music Pro Awards – BSB), na categoria Criação (2018) e, em 2019, foi finalista na mesma premiação na categoria Melhor Autora. Seu primeiro disco solo, “AR”, foi lançado em 2017. Em 2020, Estela gravou seu segundo álbum “TERRA – Força Mulher”. Já dividiu palco com importantes nomes, como: Ivan Lins, Mônica Salmaso, Renato Braz, Nelson Ayres, Simone Guimarães, Paula Santoro, Orquestra Ciranda Mundo, Mphuzi Chauke e outros. Participou ainda de diversas mostras e festivais como a Mostra Sesc de Música Leão do Norte em Petrolina, Mostra Sesc de Cultura do Cariri, Mostra Nacional de Música do SESC ESEM e Festival Internacional Ethno Brazil.

Billy Espíndola: Guitarra de Cocho e Rock Cuiabano

O músico Billy Espíndola, nascido Caio Cesar Espíndola Schlosser, é amplamente reconhecido por sua inovação no universo musical, tendo criado, em 2014, a primeira guitarra de cocho. Com uma escala destemperada e sem trastes, o instrumento se assemelha a violinos e violoncelos, desafiando as convenções e proporcionando um som único. Sua obra pode ser definida como um “rock cuiabano” mesclado com groove pantaneiro e influências praianas, criando um estilo musical que transita por diversas vertentes, como blues, country, sertanejo raiz, reggae, hip hop e hard rock, que se refletem de forma clara em suas letras e sonoridade. Além disso, Billy é titular da patente da guitarra de cocho, um instrumento inovador com dois braços, esculpido em um corpo maciço de sucupira e pau-ferro. Inspirada pela tradicional viola de cocho, essa invenção preserva o caráter artesanal, mas com uma sofisticação sonora única. No segundo braço da guitarra, Billy implementou uma escala temperada, permitindo reproduzir o som de uma guitarra elétrica, ampliando as possibilidades e criando uma sonoridade inédita. Seu trabalho é uma verdadeira fusão entre o amor pela música e pela cultura cuiabana, um exemplo claro de como a tradição e a inovação podem coexistir harmoniosamente.

Ana Rafaela: Da ascensão no The Voice ao palco da música brasileira

Nascida em Cuiabá, Mato Grosso, Ana Rafaela cresceu em uma família de músicos e, aos 11 anos, ingressou em um coral. Na adolescência, aprimorou suas habilidades com cursos de canto, violão e teatro. Aos 18 anos, ganhou projeção nacional ao ser finalista da primeira edição do The Voice Brasil e, após o programa, retornou a Cuiabá para se dedicar à carreira musical. Em 2013, participou do evento Goal to Brazil, organizado pela FIFA em Lima, no Peru, representando a cultura mato-grossense ao lado de Daniel de Paula. No mesmo ano, abriu o show da cantora Alcione. Em 2015, lançou seu primeiro álbum, Cantos, que destaca sua voz suave e afinada. Hoje, residente em São Paulo, Ana Rafaela comemorou a liberdade em tempos de pandemia com o clipe da canção inédita Pássaros a Voar. O álbum inclui músicas compostas por expoentes da música brasileira, como Tó Brandileone e César Lacerda, consolidando sua trajetória no cenário musical nacional.

Habel dy Anjos: Um apaixonado pela cultura cuiabana

Professor, maestro, pesquisador, compositor, musicista e cantor, Habel dy Anjos é natural de Uberaba (MG). Cresceu sob influência deste universo, já que o pai, Abel Santos Anjos tocava diversos instrumentos, era cantor de tango, fazia programa de rádio e tinha um serviço de alto-falante. Chegou a cursar Filosofia, mas desistiu da graduação e mudou-se para São Paulo (SP), onde estudou Música. Na época, para sobreviver, dava aula de violão clássico no Conservatório Anchieta. Também trabalhou tocando piano e violão em restaurantes. Chegou à Capital de Mato Grosso na década de 1980. Aqui foi regente da Banda Municipal de Cuiabá, à época subordinada ao Departamento de Cultura e Turismo e Casa da Cultura, foi contratado também do Sesc para trabalhar com recreação e fundador e regente do Coral. Em 1989 é aprovado em concurso da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde passa a lecionar. E Continua fazendo shows, recitais, espetáculos, aulas, gravando CDs, escrevendo livros de ensaios e poemas e crônicas. Declaradamente apaixonado pela cultura local, é um dos principais responsáveis por disseminar o som da viola de cocho por inúmeros lugares.

Confraria dos Atores: interação entre o intérprete a a plateia

Fundada em 2004, em Cuiabá, a Confraria dos Atores nasceu com a proposta de aprofundar a interação entre o intérprete e a plateia, tornando essa comunicação uma das características fundamentais de sua atuação. Cada produção da companhia destaca a presença do artista como um criador ativo do processo cênico, buscando constantemente transformar o espectador em um agente instigador da pesquisa teatral. Com esse intuito, a companhia adota o teatro como um campo de experimentações e descobertas, estabelecendo uma relação de troca dinâmica com o público. Ao oferecer materiais que provocam questionamentos e reflexões, ela também se reinventa ao absorver o estímulo e a energia do espectador, criando um ciclo contínuo de criação e transformação. Dessa forma, ao longo de suas montagens, configura-se um ritual cênico profundo, no qual o processo criativo não é apenas um evento artístico, mas uma experiência compartilhada, onde todos, artistas e público, são coautores da vivência teatral.

Em Cena: saberes e culturas no teatro e na arte popular

A Associação Cultural Em Cena Escola de Artes de Cuiabá é um espaço de conhecimento, assimilação e recriação das inúmeras manifestações artísticas, tendo  como foco a pesquisa e reelaboração da cultura popular brasileira. O grupo propõe novos valores e maneiras de construir saberes ao proporcionar ao indivíduo um outro modo de pensar as relações na sociedade contemporânea. A Em Cena Escola de Artes De Cuiabá foi premiada como Ponto de Cultura EM CENA Escola de Palhaços pela Rede de Pontos de Cultura pelo Ministério da Cultura e Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso – 2017/2018 e Teatro na Educação Escolar através de emenda Parlamentar através da Casa Civil e Secretaria de Estado de Educação 2017/2018. No Em Cena, o principal objetivo é ensinar o ofício do teatro e do palhaço às crianças, adolescentes, jovens, adultos e melhor idade, proporcionando assim, ambiente de fruição dos produtos culturais e espaço para ocupação de artistas e grupos. A proposta supre a ausência de espaços culturais para ensaios e pequenas apresentações artísticas e, sobretudo, formar novas plateias.

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