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Retorno dos Palestinos

Israel permitiu nesta segunda-feira, 27/1, que palestinos voltassem ao norte da Faixa de Gaza pela primeira vez desde o início dos conflitos entre o país e o Hamas, em outubro de 2023, após um acordo de cessar-fogo. Milhares de palestinos se dirigiram para o norte depois de esperar dias para atravessar. Repórteres da Associated Press viram pessoas cruzando o chamado corredor de Netzarim logo após as 7h (pelo horário local), quando os postos de controle estavam programados para abrir. A abertura foi atrasada por dois dias devido a um desentendimento entre o Hamas e Israel. O país alegava que o grupo havia alterado a ordem dos reféns que foram libertados em troca de centenas de prisioneiros palestinos. Mediadores resolveram a disputa durante a noite do domingo, 26. O Hamas disse que o retorno foi “uma vitória para o nosso povo, e uma declaração de falha e derrota para a ocupação israelense e planos de transferência”.

Grocotchó: A palavra cuiabana do desânimo e da fraqueza

Termo do’ cuiabanês’ usado para descrever uma pessoa que está fraca, abatida, desanimada ou até mesmo doente, tanto fisicamente quanto emocionalmente. A palavra transmite uma ideia de falta de energia, vitalidade ou disposição, como se a pessoa estivesse “mole” ou incapaz de reagir à qualquer situação. Pode ser aplicada a alguém que, em algum momento, perde a força para lidar com as adversidades, ou que está simplesmente sem ânimo, mostrando-se desinteressado ou apático. Veja o exemplo: “Hoje vi Neco de Aristides sentado no banco da praça visivelmente grocotchó!”. A frase indica que Neco está esmorecido e que perdeu um pouco de sua energia habitual, apresentando-se como alguém sem forças, tanto no corpo quanto no espírito. A forma como “grocotchó” é usada sugere que o estado de Neco é temporário.

Coloiado: A conexão cuiabana de proximidade e aliança

Um termo típicamente cuiabano que faz referência a uma situação em que alguém está “colado”, ou seja, muito próximo, associado ou envolvido com outra pessoa ou grupo. Diferente de termos como “atarracado” ou “ajojado”, que sugerem uma aproximação física apertada ou desconfortável, “coloiado” carrega um sentido de proximidade seja no contexto de situação circunstancial ou relações  políticas. O termo implica uma associação forte e, muitas vezes, inusitada, que destaca a intimidade ou a aliança entre os envolvidos, geralmente com uma carga de curiosidade ou até ironia. Veja o exemplo: “Povo de VG tá coloiado cô Júlio Campos.” Neste contexto, “coloiado” reforça a ideia de uma relação estreita e até inseparável entre Júlio Campos e o grupo ao qual ele estava associado, seja por questões de afinidade, poder ou interesse comum.

Cêpo, Cepóide, Cêpa do Lepa: O enaltecimento cuiabano da grandeza

Expressões tipicamente cuiabanas que indicam algo de grande porte, imponente ou admirável. Essas expressões são usadas para exaltar algo que se destaca, seja pela sua magnitude, qualidade ou importância, conferindo-lhe um caráter extraordinário e, muitas vezes, até exagerado. O termo “Cêpo” (ou “Cepóide”, ou “Cêpa do Lepa”) deriva de uma forma popular e lúdica da língua, e, ao ser utilizado, provoca uma imagem mental de algo robusto, de grande força ou relevância. A flexibilidade da expressão a torna adequada para descrever qualquer coisa que impressione.Veja o exemplo: “O Mixto Esporte Clube foi um Cêpa de time de futebol.” Nesse caso, a expressão exalta a grandeza e a importância do time, como se fosse uma equipe que se destacou no cenário esportivo à época. O uso de “Cêpa de time” faz com que o time pareça quase uma entidade única, admirada por todos, cujo tamanho ou impacto é amplificado pela expressão regional.

Bonito prô cê: A ironia das atitudes desastradas

Uma expressão coloquial tipicamente cuiabana utilizada para indicar que a atitude tomada por alguém foi desastrada, inadequada ou surpreendente de maneira negativa. “Bonito prô cê” pode ser dita quando alguém se mete em uma situação embaraçosa, faz algo que não deveria ou se comporta de forma inesperada, muitas vezes sendo pego de surpresa por suas próprias ações. A ironia está justamente no fato de que algo é dito de forma que parece elogiosa, mas, na verdade, implica crítica ou desaprovação, como no exemplo: “Tchegô em casa bêbado de novo Toco, bonito prô cê!”. O tom irônico da frase reflete a surpresa e desaprovação diante de uma atitude desmedida e sem noção. Era como se o falante estivesse tentando dar um toque de humor à situação, mas, no fundo, a frase destacava o erro cometido, algo inesperado e que claramente não agradava. O “bonito prô cê” funcionava como uma forma indireta de chamar atenção para o erro, disfarçado de um elogio que, na verdade, revelava toda a inadequação do momento.

Agora o Quequeesse: A expressão cuiabana do espanto

Uma expressão típica da linguagem cuiabana, usada para manifestar espanto, surpresa ou incredulidade diante de algo inesperado ou chocante. “Quequeesse” é uma forma abreviada e bem humorada de “o que que é isso!”, sendo empregada para enfatizar o impacto de uma situação ou comportamento que causa estranheza. A expressão carrega consigo uma dose de humor, de forma que, mesmo em momentos de surpresa ou perplexidade, ainda mantém uma leveza na comunicação. Exemplo: “Agora o quequeesse, Maria dá no Tonho todo dia!” O tom de espanto era evidente, como se o falante estivesse completamente surpreso com a atitude recorrente de Maria, algo que parecia ultrapassar os limites do razoável ou do esperado.

Ah! Uuum: Expressão cuiabana da repulsa

Uma expressão multifacetada, cuja interpretação depende inteiramente da situação e da entonação empregada ao pronunciá-la. Ela pode transmitir diferentes emoções, como repulsa, desaprovação ou indignação, sempre dependendo do tom de voz. Veja um exemplo: “Ah! Uuum… Pára com isso.” A expressão escapou com um suspiro exasperado, como se as palavras fossem insuficientes para expressar a repulsa e a frustração diante de uma situação que já ultrapassava os limites da paciência.

Quem bedjô, bedjô, quem não bedjô, não bedja mais!

Uma expressão popular, impregnada de um tom irreverente e definitivo. “Bejô” (variação descontraída de “beijo”) remete a um momento de despedida ou encerramento, e toda a frase carrega a ideia de que, após certo ponto, o que foi vivido não volta mais. Quem aproveitou, aproveitou; quem não aproveitou, perdeu a chance. Em essência, é uma forma bem humorada e predominantemente melodramática de decretar o fim de uma situação ou oportunidade. Exemplo: “Acabou o baile, quem bejô, bejô; quem não bejô, não beja mais!” A expressão soava como o último acorde de uma música, marcando o fim de uma dança que já não poderia ser retomada. Para aqueles que não conseguiram trocar um único beijo, era o convite à reflexão sobre o que ficou para trás – uma oportunidade perdida que jamais retornaria. Mas, para os que se entregaram àqueles momentos de prazer, a frase também ressoava como um tributo ao que foi vivido intensamente até aquele ponto.

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