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Ana Ruas: arte contemporânea e assuntos transdisciplinares

Da infância e juventude no interior do Rio Grande do Sul, entre São João da Urtiga, Lagoa Vermelha e Passo Fundo, onde cursou Artes Plásticas, Ana Ruas (Machadinho-RS, 1966) seguiu, em 1988, para Campinas e São Paulo (SP).  Por lá viveu até 1996, mudando-se então para Campo Grande (MS). Em seu trabalho aborda, sobretudo, perspectivas acerca do lugar habitado, do espaço e da luz do Centro-oeste. A artista é responsável pela criação da fachada do Museu de Arte e de Cultura Popular, da Universidade Federal de Mato Grosso (MACP/UFMT), em 2014. Foi contemplada com Prêmio PIPA – Voto Popular, em 2015, e também recebeu o prêmio FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais, em 2013. Em 2019 telas de sua coleção “Floresta Encatanda” foram expostas no programa Encontro, da rede Globo. Além de sua produção individual, Ana Ruas provoca intercâmbios sobre arte contemporânea e assuntos transdisciplinares, tendo produzido trabalhos com a coparticipação de crianças, por exemplo. Fundou, em 2011, o Ateliê Aberto, na capital sul-mato-grossense, onde acolhe, reúne e hospeda críticos de arte, estudantes, curadores e artistas.

Almira Reuter: pintura em acetato com toques de aquarela

Criada entre Bahia e Minas Gerais, Almira Reuter de Miranda (Nanuque-MG, 1946) mudou-se para Mato Grosso na década de 1960, chegando primeiro a Cáceres e, em seguida, estabelecendo-se em Cuiabá. Em 1986, já na Capital, começou a pintar e, três anos depois, estreava no Festival de Inverno de Belo Horizonte (MG). Na década seguinte, integrou diversas edições do Salão Jovem Arte de Mato Grosso. No ano 2000 realizou uma exposição individual intitulada “Reminiscências de Cuyabá”, cujas telas inspiraram uma série temática de cartões telefônicos com tiragem de 15 mil reproduções. Autodidata, não possui estudo formal sobre pintura. Seu trabalho, classificado como expressionista, tem como base a pintura sobre acetato, remetendo a aquarelas sobre tecido. Outras técnicas e materiais também já foram utilizados pela artista em diferentes fases, como saco de estopa, seda, chitão, filó, barbante, aço, papel, metal e barro. Como resultado destes experimentos, tornou-se uma das pintoras mais premiadas do Estado, realizando exposições Brasil afora e em outros países, como Inglaterra e Estados Unidos. Atualmente, mora em Salvador (BA) e aposta em novos métodos com a pintura digital.

Aleixo Cortez: fauna e elementos sacros

Integrante da terceira geração de artistas plásticos do Estado, o artista plástico Aleixo Cortez (Poconé-MT, 1965)  passa a frequentar o Ateliê Livre da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, em 1982, aos 17 anos. Lá, é orientado por Dalva de Barros e Nilson Pimenta. De traço surrealista, inspirado principalmente por Salvador Dalí, mistura temáticas universais a elementos tipicamente pantaneiros, como tuiuiús e peixes. Conhecido por fabricar os próprios bastidores, integra a terceira geração de artistas plásticos do Estado, tendo participado de diversas exposições coletivas do Museu de Arte e de Cultura Popular da (MACP/UFMT) e do III Salão Paulista de Arte Contemporânea em São Paulo, em 1990.   No início dos anos 2000 foi premiado no Salão de Pequenos Formatos e o 5º colocado no Salão Livre da Associação Cuiabana Belas-Artes. Embora seja dono de vastíssima produção, Aleixo não possui nada catalogado. Sua obra, marcada pela constante representação da fauna local, dialoga também com o mato, os bichos, as águas e o homem. Interage ainda, eventualmente, com elementos sacros, condensando um imaginário rico e colorido, caracterizado cromaticamente pelo uso das cores azul e vermelha.

Alcides Pereira: livre inventor de formas

Fixando residência em Rondonópolis, Alcides Pereira dos Santos (Rui Barbosa – BA, 1932 – São Paulo- SP, 2007) chega a Mato Grosso em 1950, fixando residência em Rondonópolis. Aos 18 anos muda-se para Cuiabá, onde desenvolve diversas atividades manuais. Pintor, barbeiro, sapateiro e pedreiro, começa a expressar-se artisticamente nos anos de 1970, quando passa a frequentar o Atelier Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso. A partir daí participa de uma série de exposições coletivas e realiza outras individuais, como em 1973, no atelier de Augusto Rodrigues, Rio de Janeiro (RJ), e em 2007 na Galeria Estação, em São Paulo (SP), além de diversas outras cidades do Brasil. Possui ainda acervo no Museu Afrobrasil (SP), Museu de Arte de Goiânia (GO) e no Museu de Arte Popular do Centro Cultural de São Francisco, em João Pessoa (PB). Representante do estilo naif, o artista leva para as telas a desconstrução na medida em que os meios de criação tornam-se fins, fazendo com que sua imagem produza um mimetismo que destrói o modelo, ao invés de preservá-lo. Na década de 1990 passa a viver em São Paulo (SP), onde falece em 2009. Alcides é considerado um inventor de formas e um dos mais importantes pintores primitivos brasileiros.

Adão Domiciano, dedicado artista da pintura naif

O artista começa sua trajetória artística no início da década de 1980, quando chega a Cuiabá.  Em 1982, conhece o Ateliê Livre da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e, influenciado por Nilson Pimenta, Adão Domiciniano (Ecoporanga – ES, 1969) passa a participar de exposições coletivas e do Salão Jovem Arte Mato-grossense. À época a produção remete às lavouras que fizeram parte de sua infância. Na década de 1990 rompe com a simbologia do campo e volta-se para a temática ambiental. É também neste período que conquista seu primeiro prêmio nacional. Embora produza obras de tamanhos diversos, o artista demonstra preferência pelas telas pequenas, nas quais predominam as cores quentes e a utilização de pincéis finos, com traços e contornos bem detalhados. Dedicando-se à pintura primitiva ou naif, o aquarelista é um dos principais representantes do estilo no Estado, sendo considerado também membro da terceira geração das artes plásticas mato-grossenses. O trabalho de Adão foi reconhecido por diferentes premiações e já foi exibido em diversos estados do Brasil, além de ter integrado exposições coletivas no exterior.

Adir Sodré, pintura com erotismo e irreverência

Sob orientação de Humberto Espíndola e Dalva de Barros, Adir Sodré (Rondonópolis –MT, 1962 – Cuiabá –MT, 2020) começa sua trajetória artística aos 15 anos, no Ateliê Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso. À época inspira-se na vida cotidiana dos bairros de Cuiabá e na paisagem regional. No final da década de 1970, integra um movimento conhecido como o dos artistas da segunda geração das artes plásticas mato-grossenses. A partir daí consolida estilo próprio, fazendo do erotismo e da irreverência suas principais marcas. Integrando estes elementos à simbologia sacra, passa ainda por uma fase inspirada por turistas e pela cantora alemã Nina Hagen. Também desenhista, Adir dialoga em suas obras com consagrados artistas internacionais, como Henri Matisse, Vincent van Gogh, Frida Kahlo e Diego Velázquez. Ao longo da carreira participa de inúmeras exposições pelo país e pelo mundo, sendo, em 2016, o único mato-grossense a possuir três telas expostas simultaneamente no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Participou de mostras no Museu de Arte e Cultura Popular da Universidade Federal de Mato Grosso (Macp/UFMT), na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, e no Museu de Arte Moderna de Paris.

Adriano Figueiredo, intervenções com contornos sinuosos

Artista plástico, desenhista e artista gráfico, Adriano Figueiredo (Cuiabá-MT, 1974) cresceu sob forte influência da cultura cuiabana. Autodidata, começa a desenhar ainda na infância e, aos 15 anos, passa a atuar profissionalmente, criando painéis para uma loja de decoração e a participar de produções artísticas para festas. Depois de participar de importantes mostras na Capital, Adriano ganhou ainda mais notoriedade ao expor na Art Lab Galery, em São Paulo, e em países da Europa. As cores vibrantes dão vida às telas e alinham-se às tendências contemporâneas, estendendo-se ao universo da internet. Hoje, para além das galerias, é também conhecido pelas frequentes intervenções urbanas. Suas obras, marcadas pelo abuso das curvas, apostam em movimentos sinuosos para retratar elementos de religiosidade, música, cotidiano e culinária regional. Em consonância com o traço marcante, as cores vibrantes dão vida às telas e alinham-se às tendências contemporâneas, estendendo-se ao universo da internet, onde o trabalho tornou-se popular. Além disso, integrou duas exposições coletivas na galeria House of Art, em Miami (EUA). Atualmente, possui obras espalhadas por diversos lugares, como Argentina, Noruega, Portugal, Espanha e França.

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