A expressão “as paredes têm ouvidos”, presente em vários idiomas como alemão, francês e chinês, tem origem atribuída a um antigo provérbio persa que dizia: “As paredes têm ratos, e ratos têm ouvidos.” Um registro similar aparece no clássico medieval The Canterbury Tales, de Geoffrey Chaucer, onde se afirma: “Aquele campo tinha olhos, e a madeira tinha ouvidos.”
A versão mais intrigante, contudo, remete à França renascentista. Conta-se que Catarina de Médicis, rainha consorte de Henrique II e ferrenha adversária dos huguenotes, mandava perfurar as paredes do palácio real para escutar conversas daqueles de quem suspeitava. Essa prática, motivada por sua vigilância implacável, teria popularizado a ideia de que segredos dificilmente permanecem ocultos. (com Superinteressante)