Vera Capilé: Voz do Centro-Oeste e da Amazônia

Vera Capilé, natural de Dourados (MS), cresceu em uma família de músicos da velha guarda, influenciada pela cultura musical das fronteiras do Paraguai e pela rica tradição do rasqueado, siriri, viola de cocho e ganzá. Aos 5 anos, começou sua trajetória musical, iniciando no piano, e aos 11 anos aprendeu a tocar acordeom com Dunga Rodrigues. Após uma pausa na carreira devido ao casamento, retornou aos 45 anos, formando uma banda e lutando pela união dos artistas do Centro-Oeste e da Amazônia com a rede “Nós do Mato”. Em 2004, foi selecionada para o Projeto Pixinguinha, realizando shows em várias regiões do Brasil. No ano seguinte, participou do Ano do Brasil na França e apresentou-se com orquestras renomadas. Cidadã cuiabana, Vera é reconhecida por sua contribuição à cultura e à música, além de desenvolver crônicas sobre preservação ambiental. Compositora e parceira do músico Abel Santos, Vera Capilé celebra a cultura dos Cerrados, Pantanal e Amazônia, unindo influências regionais e universais em seu canto, que inclui desde compositores locais até clássicos como Villa Lobos.
Liu Arruda: O Falar Cuiabano como inspiração

Cuiabá, *30/5/1957 – +24/10/1999 O intérprete de personagens como Comadre Nhara, Juca, Gladstone, Ramona, entre tantos outros, nasceu em 30 de maio de 1957, em Cuiabá. Criado na Rua 24 de Outubro, Elonil de Arruda era o caçula em uma família de 10 irmãos. A paixão pelo teatro começou cedo, ainda na adolescência, quando entrou para um grupo de apresentação do Sesi, denominado “Pequenos Gigantes”. Nos anos 1970 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou a Faculdade de Comunicação Social na Universidade Gama Filho. Posteriormente fez sucesso como garoto propaganda do antigo supermercado Trento Junior. Liu também participou das novelas O Campeão, da TV Bandeirantes e A Lenda, da extinta TV Manchete. Também fez uma breve participação na novela da TV Globo, Suave Veneno. Em mais de 25 anos de carreira, sua galeria tem quase 40 personagens e centenas de apresentações teatrais. Seu humor era reconhecido pela valorização do linguajar cuiabano. Além de ter participado em novelas, manteve colunas em jornais e lançou o CD, “Ocê qué vê, escuta”, com catorze faixas, sete músicas e sete piadas. Liu Arruda faleceu no dia 24 de outubro de 1999, com 42 anos.
Adão Domiciano, dedicado artista da pintura naif

O artista começa sua trajetória artística no início da década de 1980, quando chega a Cuiabá. Em 1982, conhece o Ateliê Livre da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e, influenciado por Nilson Pimenta, Adão Domiciniano (Ecoporanga – ES, 1969) passa a participar de exposições coletivas e do Salão Jovem Arte Mato-grossense. À época a produção remete às lavouras que fizeram parte de sua infância. Na década de 1990 rompe com a simbologia do campo e volta-se para a temática ambiental. É também neste período que conquista seu primeiro prêmio nacional. Embora produza obras de tamanhos diversos, o artista demonstra preferência pelas telas pequenas, nas quais predominam as cores quentes e a utilização de pincéis finos, com traços e contornos bem detalhados. Dedicando-se à pintura primitiva ou naif, o aquarelista é um dos principais representantes do estilo no Estado, sendo considerado também membro da terceira geração das artes plásticas mato-grossenses. O trabalho de Adão foi reconhecido por diferentes premiações e já foi exibido em diversos estados do Brasil, além de ter integrado exposições coletivas no exterior.
Adir Sodré, pintura com erotismo e irreverência

Sob orientação de Humberto Espíndola e Dalva de Barros, Adir Sodré (Rondonópolis –MT, 1962 – Cuiabá –MT, 2020) começa sua trajetória artística aos 15 anos, no Ateliê Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso. À época inspira-se na vida cotidiana dos bairros de Cuiabá e na paisagem regional. No final da década de 1970, integra um movimento conhecido como o dos artistas da segunda geração das artes plásticas mato-grossenses. A partir daí consolida estilo próprio, fazendo do erotismo e da irreverência suas principais marcas. Integrando estes elementos à simbologia sacra, passa ainda por uma fase inspirada por turistas e pela cantora alemã Nina Hagen. Também desenhista, Adir dialoga em suas obras com consagrados artistas internacionais, como Henri Matisse, Vincent van Gogh, Frida Kahlo e Diego Velázquez. Ao longo da carreira participa de inúmeras exposições pelo país e pelo mundo, sendo, em 2016, o único mato-grossense a possuir três telas expostas simultaneamente no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Participou de mostras no Museu de Arte e Cultura Popular da Universidade Federal de Mato Grosso (Macp/UFMT), na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, e no Museu de Arte Moderna de Paris.
Intendentes, interventores e prefeitos de Cuiabá

Os Líderes de Cuiabá: Uma Jornada pela Administração Municipal (1909-2021) A trajetória dos administradores de Cuiabá reflete a evolução política, social e institucional da cidade ao longo de mais de um século. Desde a época em que o município era regido por intendentes nomeados ou eleitos pela Câmara Municipal, até a consolidação das prefeituras modernas, Cuiabá enfrentou períodos de transformações marcantes, incluindo mudanças políticas e desafios administrativos. 1909-1927: A Era dos Intendentes Nesta fase, os governantes municipais eram designados com o título de intendentes, refletindo o modelo administrativo da Primeira República Brasileira. Destacam-se: Amarílio Alves de Almeida (1909-1910), pioneiro nomeado no período inaugural da intendência. Manoel Escolástico Virgínio da Silva (1911-1914), que enfrentou as complexidades iniciais da gestão urbana. Alexandre Magno Addor (1914-1920), um intendente nomeado diretamente pelo governo central, evidenciando as tensões político-sociais da época. A transição para o modelo de prefeituras ocorreu a partir de 1927, com Fenelon Müller como o primeiro prefeito eleito pela Câmara Municipal. 1930-1945: A Era Vargas e os Interventores Com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, a administração de Cuiabá refletiu as instabilidades políticas do período. A figura do interventor substituiu em momentos críticos a autoridade dos prefeitos eleitos: Isaac Póvoas (1938-1941) e Manoel Miraglia (1941-1946) assumiram em um contexto de centralização política e reorganização administrativa. 1946-1964: Segunda República Com a redemocratização, surgiram prefeitos eleitos por sufrágio universal, como Leonel Hugueney (1947-1951), que trouxe estabilidade política ao município. Entretanto, períodos de convulsão social ainda exigiram nomeações diretas ou interinas, como no caso de Manoel Soares de Campos (1951). 1964-1985: Ditadura Militar A ditadura trouxe novas mudanças na gestão de Cuiabá, com prefeitos majoritariamente nomeados pelo governo central, como Frederico Carlos Soares Campos (1966-1969) e Bento Machado Lobo (1969-1971), que lideraram a cidade em tempos de restrições democráticas. 1986 em Diante: Redemocratização e a Consolidação Democrática Com o retorno da democracia, a cidade vivenciou administrações marcadas pela eleição direta, destacando-se nomes como: Dante Martins de Oliveira (1986, 1987-1989), símbolo da luta pela redemocratização no Brasil. Roberto França Auad (1997-2005), que governou por dois mandatos consecutivos lançando mil obras de infraestrutura em seu governo. Wilson Pereira Santos (2005-2010), responsável por iniciativas de modernização urbana alinhadas a uma gestão pautada pela responsabilidade fiscal. Mauro Mendes (2013-2017), que trouxe uma nova dinâmica à administração pública local. Emanuel Pinheiro (2017 até o presente), representante do MDB, eleito para dois mandatos consecutivos, cuja gestão foi marcada por controvérsias, especialmente na área da Saúde. Cuiabá: Reflexo de sua Liderança A história administrativa de Cuiabá revela as nuances de um município que cresceu sob diferentes regimes políticos e enfrentou desafios marcantes para adaptar-se às demandas da modernidade. Desde os intendentes pioneiros aos prefeitos eleitos pelo voto direto, cada líder contribuiu para moldar a identidade e o destino desta importante capital brasileira. Fontes: Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Urbano (IPDU), Secretaria Especial de Apoio à Cultura e ao Resgate Histórico de Cuiabá.
EDIÇÃO#51

ACERVO O tema de capa da quinquagésima-primeira edição do Almanaque Cuyabá é um acervo e comemora mais um aniversário de Cuiabá. Propositadamente, o Almanaque, que se tornou verdadeiro armazém da memória, promove surpreendente passeio pela história. A pedido de leitores, anunciamos os principais registros aqui jâ publicados, que, por sua vez, ‘pularam’ das prateleiras direto para as páginas desta edição. Ilustramos ainda fatos inusitados e acontecimentos marcantes ocorridos na terra de Pascoal Moreira Cabral, conforme anuncia o breve conteúdo abaixo: SUMÁRIO DA EDIÇÃO – Carta ao Leitor – Eu, o leitor – Dia da Mentira – Início das artes plástica em Cuiabá – Chico da Viação, um motorista cuiabano exemplar – Igreja Matriz: tempo, tempo, tempo… – Alvará manda Rolim criar capital – Varíola vitimou metade da população cuiabana em 1876, por Suelme Fernandes – Irmão de Tiradentes forjou causa de sua vinda a Cuiabá e se tornou presidiário – Primeiras fábricas cuiabanas de sabão, vela de sebo e do tradicional cigarro de palha – Construtor e primeiro ´padre da Igreja Matriz – ESPECIAL: A CONQUISTA DA TERRA, por Elizabeth Madureira Siqueira – Em Juízo: Pérolas do Judiciário – Cacimba do Soldado – Carta da Capitania – Os ‘açougueiros de ponta de rua’ mais conhecidos em Cuiabá – Primeiro representante do Fusca em Cuiabá era italiano – Cerveja Rosa foi a pioneira em Cuiabá – Como a cinematografia chegou a Cuiabá e onde foi a primeira exibição – Tirinhas do mês – Origem da Expressão – Teste seu conhecimento – Jogo dos Erros – Horóscopo – Em se plantando, tudo dá! – Obras de autores mato-grossenses Adquirir esta edição
EDIÇAO#50

SOLO SAGRADO E CHÃO QUENTE! O tema de capa da quinquagésima edição do Almanaque Cuyabá abre as portas para a Arquitetura Cuiabana, pois a cidade é um núcleo bandeirista, contradição na arquitetura de terra crua, embora muitas destas construções tenham ruído. A edição ilustra ainda fatos inusitados e aconteci marcantes ocorridos na terra de Pascoal Moreira Cabral, conforme anuncia o breve conteúdo abaixo: SUMÁRIO DA EDIÇÃO – Carta ao Leitor – Eu, o leitor – Primeiro administrador dos Correios em Cuiabá – Na estrutura suntuosa erguida na atual Avenida Tenente-coronel Duarte, conhecido como Palácio das Águias, eram patrocinados encontros de celebridades, festas e eventos políticos. – No ritmo da primeira escola de samba de Cuiabá – Este é Digoreste: Mestre Inácio, autor de centenas de composições entre valsas, maxixes, chorinhos, marchas e rasqueados – 7 x 0 em Cuiabá resultou em passada de mão e chute em ‘traseiro’, com Nelson Severino ESPECIAL: Arquitetura Cuiabana – Cuiabá é um núcleo urbano de origem bandeirista, e como tal suas construções tradicionais são, o que se convencionou chamar, de arquitetura de terra crua – Estrangeiro assume província e cria revolta de pernambucanos – Surge a primeira gramática brasileira – Primeira tropa militar que chegou a Cuiabá – Como foi que a Baía virou Rio de Janeiro – Guilhotinada por querer ser homem de Estado – Manoel de Barrois restaura ‘virgindade das palavras’ (Almanaque Brasil) – Pílulas Literárias: Aclyse de Mattos, autor de “Motosblim: A Incrível Enfermaria de Bicicletas”, ilustrado por Marcelo Velasco e publicado pela Entrelinhas Editora – Decifre o Anagrama – Origem da Expressão – Teste seu conhecimento – Jogo dos Erros – Horóscopo – Em se plantando, tudo dá! – Obras de autores mato-grossenses Adquirir esta edição
EDIÇÃO#49

LENDÁRIA! A quadragésima-nona edição do Almanaque Cuyabá anuncia os Mitos Cuiabanos. Como diz o dito popular “Quem conta um conto, aumenta um ponto!”. Fantásticas e/ou fictícias, as lendas combinam fatos que são meramente produto da imaginação. Ou não? A edição ilustra ainda fatos inusitados e acontecimentos marcantes ocorridos na terra de Pascoal Moreira Cabral, conforme anuncia o breve conteúdo abaixo: SUMÁRIO DA EDIÇÃO – Carta ao Leitor – Eu, o leitor – Vôte, quente demásh! Origem da expressão cuiabana segundo José Augusto Tenuta – Residência que abrigou coronéis, rádio e até boate em Cuiabá – Magessi alienou o casarão. Será o Benedito? ESPECIAL: Mitos Cuiabanos – De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação humana. Como diz o dito popular “Quem conta um conto, aumenta um ponto!”. Descubra, nesta edição, um pouco das surpreendentes histórias que são de arrepiar, contadas por escritores mato-grossenses. – Governador que jogou no Campo d’Ourique deu nome a rua – Prelazia cuiabana e seus dirigentes – Primeira tropa militar que chegou a Cuiabá – Coisas de Futebol: A história de “Xinxarrinha”, um torcedor mixtense, merece ser relembrada – Centenário terreno do Mercado Municipal tem história – Ponto de encontro: uma casa comercial agitada pra época – Pujança das mulheres cuiabanas: Federação Mattogrossense pelo Progresso Feminino, sob Nailza da Costa Barbosa Gomes – Baú da Imagem: Um cantinho da cidade cravado na memória – Fatídico acidente deu origem à Pedra 21 – O ‘cuiabanês’ na política, por Wilson Carlos Fuá – Decifre o Anagrama – Origem da Expressão – Teste seu conhecimento – Jogo dos Erros – Horóscopo – Em se plantando, tudo dá! – Obras de autores mato-grossenses