Ceramista e marinheiro, é um dos mais celebrados artistas da comunidade ribeirinha de São Gonçalo, em Cuiabá. Desde criança, Clinio Moura (Várzea Grande-MT,1928), viveu entre artesãos que faziam trabalhos manuais, cada um usando técnicas conforme seus gostos peculiares, em que retratavam suas alegrias e tristezas. Na mocidade tornou-se marinheiro, subindo e descendo o rio Cuiabá, andando nas lanchas que transportavam os produtos da região.
Em um destes percursos conheceu Binina Moraes, artesã com quem se casou. Com ela aprendeu a arte de manusear argila, transformando-a em peças originais, nas quais caracteriza sua família. Passou então a ensinar a seus filhos vivendo todos, até hoje, da renda do artesanato, ao tempo que contribuem para a cultura de Mato Grosso e sobretudo para a cultura cuiabana.
A produção é marcada, sobretudo, pela religiosidade da família, expressada em representações de santos. Clinio participou da mostra coletiva “Santeiros e imaginários”, em 1977, no Paço das Artes, em São Paulo. Também fez parte do projeto “Panorama das artes plásticas em Mato Grosso no século XX”, realizada de 17 de dezembro de 2003 a 17 de janeiro de 2004, no Studio Centro Histórico, em Cuiabá.