Um dos mais aclamados poetas brasileiros da contemporaneidade, Manoel Wenceslau Leite de Barros (Cuiabá-MT, 19/12/1916 — Campo Grande-MS, 13/11/2014) mudou-se com a família, ainda na infância, para uma propriedade rural em Corumbá (MS). Dali, seguiu para o colégio interno em Campo Grande (MS), aos 13 anos, e depois para a faculdade de direito no Rio de Janeiro (RJ). Viveu ainda na Bolívia, no Peru e, durante um ano, em Nova York, onde estudou cinema e pintura no Museu de Arte Moderna.
Na década de 1960 voltou para Campo Grande, onde passou a viver como criador de gado, sem nunca deixar de escrever. Embora seu primeiro livro, Poemas Concebidos Sem Pecado, tenha sido publicado em 1937, o trabalho começou a ser valorizado nacionalmente a partir de sua descoberta por Millôr Fernandes, na década de 1980.
Além de reconhecimento, Manoel de Barros conquistou vários dos maiores prêmios literários do Brasil, como o Jabuti, em 1987, com “O guardador de águas”. Foi também premiado pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Sua vasta bibliografia conta com obras como Face Imóvel (1942); Concerto a Céu Aberto para Solos de Aves (1993); Livro Sobre Nada (1996); e Escritos em Verbal de Ave (2011), dentre outros.