Existem sinais de que as artes circenses já eram praticadas há 4 mil anos em várias civilizações da antiguidade, desde a China, Grécia, Egito e Índia.
Entretanto, foi no Império Romano que o circo se desenvolveu nos moldes parecidos ao que conhecemos hoje.
Tanto é que a palavra circo tem origem no latim circus, que significa “círculo” ou “anel”. O termo remete às arenas romanas, lugares onde se praticavam esportes e lutas.
O primeiro grande circo que se tem conhecimento foi o Circus Maximus, construído por volta do século IV a.C. durante a Roma Antiga. A estrutura tinha capacidade para 150 mil pessoas e exibia corridas de carruagens, lutas de gladiadores, apresentações com animais ferozes e com pessoas com talentos incomuns.
Depois de um incêndio que o destruiu, o Circus Maximus foi substituído, em 40 a.C., pelo Coliseu. Essa nova arena também mostrava as mesmas apresentações, mas para um público menor.
Com a chegada da Idade Média e a queda do Império de Roma, começaram a surgir apresentações de artistas populares em espaços públicos, como praças, entradas de igrejas e feiras.
EM CUIABA
Passeando pelos anos 50, nos deparamos com a chegada do Circo Bocute em Cuiabá. Foi armado na antiga praça Santa Rita, hoje Campo D’Ourique, local que aconteciam as grandes touradas na cidade. A nostalgia tomava conta da população, principalmente com a presença do palhaço engraçado e hilariante, o ‘Pasta Chuta’, além da dupla sertaneja “Nhô pai e Nhô fio”. Para quem não sabe, “Nhô pai” foi o compositor de ‘Beijinho Doce’ entre outras guarânias. “Nhô Pai”, que tinha o nome de João Alves dos Santos formou dupla também com João Salvador Peres, o ‘Tonico’ da dupla “Tonico e Tinoco”.
Como disse o jornalista Paulo Zaviaski, o público gostava dos ginastas dos trapézios, do famoso “Globo da Morte” onde até o nosso cuiabano tradicional, Névio Lotufo, da Motosblim, fora aplaudido em pé em sua moto, a exemplo de grandes heróis circenses.